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Chefe do jogo do bicho no Rio de Janeiro é executado com 40 tiros

A polícia também investiga a ligação do bicheiro com o miliciano Capitão Adriano, que já fez a segurança da família dele, e com o Escritório do Crime

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Chefe do jogo do bicho no Rio de Janeiro é executado com 40 tiros
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Um dos chefes do jogo do bicho no Rio de Janeiro foi executado, na madrugada desta terça-feira (25), com pelo menos quarenta tiros, quando chegava na casa dele, na Barra da Tijuca, bairro nobre da cidade.

Alcebíades Paes Garcia, conhecido como Bid, foi fuzilado por um grupo de encapuzado, quando voltava da Marquês de Sapucaí, onde assistia aos desfiles. O motorista e a mulher dele, que também estavam dentro do veículo, não ficaram feridos.

Considerado um dos maiores bicheiros do Rio de Janeiro, Bid fazia parte de uma família, que fez fortuna com a contravenção e que é marcada por uma série de execuções. Alcebíades assumiu as bancas de jogo do bicho em 2004, quando o irmão dele, Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, foi morto em uma emboscada, na zona oeste da cidade.

O filho de Maninho, Myro Garcia, viu o pai executado e, treze anos depois, também foi morto a tiros quando saía de uma academia na Barra da Tijuca. No ano passado, a irmã de Myro, Shanna Garcia Lopes, sobreviveu a um atentado.

O clã de bicheiros também mantém fortes ligações com a escola de samba, Salgueiro, que já teve Maninho e Bid como patronos. A polícia também investiga a relação da família Garcia com a quadrilha conhecida como `Escritório do Crime`, bando que era liderado pelo miliciano Adriano da Nóbrega, que chegou a fazer a segurança de um ex-marido de Shanna Garcia.

O miliciano Capitão Adriano foi morto em uma operação policial, na Bahia, no início do mês, e ainda é investigado no inquérito que apura a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Além disso, ainda é apurada uma possível relação do ex-militar com um suposto esquema de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual, Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
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