Presos são transferidos do presídio de Altamira para nova penitenciária
A nova penitenciária é em Vitória do Xingu, no interior do Pará, e mesmo assim o número de presos no estado ainda é o dobro da capacidade
SBT News
Sob forte esquema de segurança, 166 presso deixaram a penitenciária de Altamira, no sudoeste do Pará, com destino ao recém construído presídio de Vitória do Xingu.
Há quatro meses, 58 detentos foram assassinados dentro da cadeia durante uma disputa entre facções rivais. Os presos foram transferidos após o massacre, e o presídio começou a ser reformado.
Apesar de o novo presídio ter 612 vagas para homens e mulheres, o número de presos no estado ainda é o dobro da capacidade do local. São mais de 20 mil presos em todo o Pará, para menos de 10 mil vagas.
O governo prometeu abrir mais de 1500 vagas ainda no mês de novembro, nos municípios de Tucuruí, Abaetetuba e Parauapebas. Desde o massacre em Altamira, homens da força de intervenção penitenciária assumiram o controle do sistema carcerário do Pará.
A Ordem dos Advogados do estado defende a redução do número de presos provisórios, que atualmente são quase 40%. Segundo a OAB é preciso investir na ressocialização, explica José Maria Vieira, vice presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB:
"O preconceito que ele vive quando ele volta, quando ele sai do presídio, é uma prova de que o estado tem sido falho em dar respostas. Se essas pessoas saírem de lá né? Para o crime, elas retornarão e implicarão um novo aumento do encarceramento".