Atropelamento provoca crise diplomática entre Reino Unido e EUA

Harry Dunn, um jovem de 19 anos, morreu, em agosto, depois que a moto que pilotava ter sido atingida por um carro, em Northamptonshire, interior da Inglaterra. A motorista do carro, Anne Sacoolas, é americana e esposa de um agente de inteligência dos Estados Unidos, ela chegou a conversar com a polícia, mas alegou imunidade diplomática para deixar o Reino Unido dias depois.

Os pais de Harry começaram uma campanha e viajaram para os EUA, onde foram recebidos pelo presidente Donald Trump, na Casa Branca, na terça-feira (15). A mulher que pode ter sido responsável pela morte de Harry estava na sala ao lado, mas eles recusaram a oferta do presidente para encontrá-la: "Queremos esse encontro, mas em solo britânico", justificou Charlotte, mãe do jovem.

Apesar da pressão da opinião pública, e dos pais de Harry, para que a principal suspeita da morte do jovem seja investigada e julgada no Reino Unido, é difícil que isso aconteça.

O governo do Reino Unido não quer que ocorra um desentendimento com os EUA, que são um aliado poderoso e um dos mercados prioritários para os britânicos, após um possível divórcio com a União Europeia, o brexit. 

Donald Trump chegou a admitir que a acusada estava dirigindo na contramão, mas alegou ter sido apenas um trágico acidente. Já o primeiro-ministro britânico Boris Johnson disse que quer justiça, e continuará trabalhando para ver o que pode ser feito.