Ministério da Justiça aponta queda nos índices de criminalidade

Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicaram uma redução em todos os nove tipos de crime registrados pela pasta, nos primeiros seis meses de Governo, em comparação com o mesmo período do ano passado. 

O número de homicídios dolosos, quando há intenção de matar, caiu 22,1%, o que corresponde a 5.423 vidas poupadas. Já os estupros tiveram queda de 12%, o que significa que cerca 2.933 pessoas deixaram de ser vítimas de violência sexual.

Os roubos de veículos reduziram 27%, crimes nos quais a pessoa sofre agressão ou grave ameaça ao perder o bem. Ocorreram também 40,9% menos roubos a instituições financeiras, como bancos, por exemplo.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, atribuiu o resultado a medidas tomadas pelo Governo, porém admitiu que os números ainda são altos. "Claro que os números remanescentes ainda são muito altos, então, é muito cedo para abrir e fazer qualquer tipo de comemoração. E, para reduzir mais, os esforços vão ter que ser ainda maiores".

Jair Bolsonaro, por outro lado, usou as redes sociais para celebras os índices. Nesta segunda-feira (14), o presidente ressaltou que ainda há muito o que fazer, as que os resultados demonstram que as políticas públicas estão no caminho certo.

Apesar da queda nas taxas de criminalidade, a sensação de insegurança nas ruas ainda não diminuiu. 

Para a consultora em políticas públicas de segurança, Isabel Figueiredo, não é possível saber se essa tendência irá se manter. 

"Ainda é um tema que tem que ser prioritário na agenda do país, que ele caro na agenda da segurança pública que, de alguma forma, tem que ser contornado com medidas relacionadas a melhoria da inteligência, mas também com a implementação de um programa de prevenção social", explicou Isabel, que é integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Sérgio Moro espera, agora, conseguir mais apoio do Congresso, e até do próprio Governo, para aprovar o pacote Anticrime, que tem encontrado dificuldades durante a tramitação no legislativo. O ministro acha que, com essa aprovação, a criminalidade poderá cair ainda mais, e irá insistir na proposta.