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Brexit: Suprema Corte considera ilegal a suspensão do parlamento

A suspensão foi decretada pelo primeiro-ministro Boris Johnson, e a oposição pede que ele renuncie

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Brexit: Suprema Corte considera ilegal a suspensão do parlamento
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A Suprema Corte do Reino Unido considerou ilegal a suspensão do parlamento, decretada pelo primeiro-ministro Boris Jonhson no começo de setembro. A oposição pede que o premier renuncie.

Apesar de o governo britânico negar que suspendeu o parlamento para impedir que os deputados interferissem nas negociações da separação do Reino Unido com a União Europeia, o brexit, a justiça, em uma decisão unânime dos 11 juízes da corte mais alta, entendeu o contrário.

O parlamento voltará a se reunir na próxima quarta-feira (25), para discutir o futuro do governo estando fragilizado. Boris Johnson não tem o apoio necessário para realizar seu desejo de se separar do grupo europeu sem acordo.

O primeiro-ministro precisará explicar se conduziu a rainha do Reino Unido, Elizabeth II, a cometer um erro, ou se chegou a mentir para a monarca, já que ele pediu que a rainha prorrogasse o parlamento. Caso Boris tenha a aconselhado para um ato considerado ilegal, será um constrangimento para a família real e um golpe na credibilidade de Boris.

Em uma monarquia parlamentarista, como é o caso do Reino Unido, a rainha tem um papel cerimonial apenas, seguindo os conselhos do primeiro-ministro. Líderes de outros partidos pedem a renúncia de Boris Johnson.

Boris declarou, ao participar da Assembleia Geral da ONU em Nova York, que discorda profundamente da decisão da Suprema Corte, e acha que o Reino Unido ficará em uma posição desfavorável para negociar com os europeus.

Ele alegou que não irá renunciar, e que tentará fazer um acordo para que o brexit aconteça na data que estava previsto, no dia 31 de outubro.  

 

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