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Rodrigo Maia nega articulação com Senado por emendas parlamentares

Ao SBT, o presidente da Câmara falou sobre as próximas votações da PEC da Previdência e disse que outra Reforma, a Tributária, pode ser aprovada este ano

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Rodrigo Maia nega articulação com Senado por emendas parlamentares
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Em entrevista exclusiva, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia negou que tenha articulado com o Senado travar a votação da Reforma da Previdência até que Jair Bolsonaro libere as emendas parlamentares que prometeu. 

"A gente não precisa desse tipo de trava. Temos a convicção de que o Governo vai executar o orçamento aprovado no ano passado. Não vejo necessidade que o Senado trave nenhum tipo de votação", afirmou.

Maia ainda disse que precisa garantir a presença maciça dos deputados na Casa, e que os parlamentares têm pela frente outras votações fundamentais para o país: iniciativas para combater o desemprego; o marco regulatório para parcerias público-privadas; e projetos que deem mais segurança jurídica aos negócios. 

No entanto, o presidente da Câmara enfatizou que é preciso que o Governo faça a sua parte. Questionado se ainda acha que o Governo Bolsonaro é um "deserto de ideias", ele respondeu: 

"Eu acho que a queda na expectativa de crescimento do Brasil é uma demonstração de que as pessoas estão em dúvida e, quando estão em dúvida, cabe ao Governo construir as soluções de curto prazo, como essa do FGTS e do PIS/PASEP, e outras estruturais de médio e longo prazo, para que a gente possa retomar a capacidade das empresas de voltar a gerar emprego no Brasil".

Além da Previdência, a Reforma tributária será destaque na pauta até o fim do ano, e Rodrigo Maia acredita ser possível votar o projeto em novembro. 

Serão avaliadas três propostas diferentes, ao mesmo tempo, no Congresso Nacional: uma no Senado, outra na Câmara e uma terceira de iniciativa do Governo. Contudo, Maia assegura que não haverá uma disputa entre elas, contato que seja construído um consenso. 

"Eu vou procurar, nos próximos dias, o presidente David para que a gente, respeitando interesses da Câmara e do Senado, para que a gente possa estar dialogando e compreendendo quais são as dificuldades de cada uma das Casas, para que a gente possa ter um texto convergente de setenta a oitenta por cento", explicou.

No entanto, o protagonismo que conquistou neste semestre desperta especulações. Daqui a um ano e meio, Rodrigo Maia volta a ser deputado, e uma pergunta já está no ar: o presidente da Câmara quer ser presidente do Brasil?

"Todo político quer chegar no auge da carreira. O presidente da Câmara é um político que tem muita visibilidade, mas, necessariamente, essa visibilidade não é transformada em votos para uma eleição majoritária. Em 2022 vou decidir o que eu vou fazer", argumentou Maia.

 

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