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Ministério Público pede prisão preventiva de prefeito de Uruburetama

O prefeito e também médico é acusado de abuso sexual por diversas pacientes. Após as denúncias, ele foi afastado do cargo de prefeito e impedido de praticar medicina

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O ginecologista José Hilson de Paiva, de 70 anos, foi proibido de exercer a profissão após o Conselho Regional de Medicina decidir pela sua interdição cautelar durante seis meses. Ele é acusado de abusar sexualmente e gravar suas pacientes durante as consultas. 

Anteriormente, José Hilson de Paiva já havia sido afastado pela Câmara Municipal do seu cargo de prefeito de Uruburetama, no Ceará, por 90 dias, enquanto o Ministério Público investigava as acusações de abuso sexual. 

Na quarta-feira (17), o Ministério Público do Estado do Ceará pediu a prisão preventiva do médico. A informação foi divulgada e confirmada nesta quinta-feira (18) pela Promotoria de Justiça de Uruburetama.

Segundo o advogado do médico, a divulgação das imagens seria uma retaliação por parte de Artur Nery, vice-prefeito, que assumiu como prefeito em exercício de Uruburetama. No ano passado, Artur Nery teria ameaçado divulgar um vídeo de José Hilson tendo relações sexuais com uma amante caso ele não renunciasse à prefeitura. 

A defesa também alega que os vídeos nos quais José Hilson de Paiva aparece violentando pacientes sexualmente não são recentes, já que o médico não realiza atendimentos desde 2017. Uma outra defesa deve se dedicar a verificar a medida do Cremec que proíbe o médico de exercer a profissão por 6 meses. 

Uma comitiva formada por órgãos públicos e representantes do movimento de mulheres esteve nos Municípios de Uruburetama e Cruz para dar suporte às vítimas, na quarta-feira (17).

 

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