Investigação da morte de Marielle Franco completa 11 meses
Vereadora do PSOL foi assassinada ao lado do motorista Anderson Pedro Gomes e até o momento os responsáveis não foram encontrados
(Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
As investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, completam nesta quinta-feira (14) 11 meses sem respostas. Os dois foram mortos a tiros no Rio de Janeiro e até o momento as autoridades não encontraram os responsáveis.
“O assassinato de uma defensora dos direitos humanos não é apenas o assassinato de uma pessoa, é um ataque aos direitos como um todo”, explicou Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional Brasil em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com as autoridades, a principal hipótese é de que o crime tenha sido cometido por milícias do Rio de Janeiro. Os milicianos são grupos paramilitares responsáveis pelo controle ilegal e violento de áreas pobres do Estado.
Até o momento as investigações correm sob sigilo para que informações não vazem e prejudiquem o andamento do caso. A Polícia Federal tem apurado se agentes do Estado estariam interferindo nas investigações da Polícia Civil. Ele disse que havia indícios relevantes de práticas de corrupção, ocultamento e compra de agentes públicos para impedir a descoberta dos mandantes do crime.
Marielle voltava de um evento político, onde discursou sobre o combate à violência contra mulheres negras. Pouco depois ela foi emboscada no centro da cidade e morreu com quatro tiros na cabeça.
“Só quem perde um filho sabe o tanto que faz falta. Marielle sempre foi uma filha muito boa, Marielle ficou quase cinco anos como filha única, até a Anielle nascer. Então é uma falta muito grande”, lamentou Marinete da Silva, mãe de Marielle.
Apenas a assessora da parlamentar sobreviveu ao ataque. Câmeras de trânsito instaladas na região estavam desligadas no momento do crime e os carros utilizados pelos autores ainda não foram identificados.