Incêndio no Museu Nacional deixa evidente descaso com patrimônio cultural
Nos últimos 10 anos, cinco prédios históricos de SP pegaram fogo. O primeiro deles foi o Instituto Butantan, que abrigava o maior acervo vivo de cobras do mundo
Da redação
A negligência com o patrimônio cultural brasileiro é tão histórica quanto os acervos perdidos em meio às chamas. Em São Paulo, na última década, cinco incêndios destruíram acervos importantíssimos. O maior acervo vivo de cobras do mundo, no Instituto Butantan, se perdeu em 2010. Depois, foi a vez do Memorial da América Latina. Mais recentemente, o Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa e a Cinemateca Brasileira foram tomados pelo fogo - deixando de luto a arte e a cultura nacionais.
Os incidentes são tão recorrentes que, agora, no Rio de Janeiro, 20 milhões de itens históricos e científicos - colecionados ao longo de 200 anos - viraram cinza em poucas horas. E o mais preocupante é que a grande maioria dos acervos brasileiros corre o risco de passar por situações bem parecidas.
