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Voluntários usam caixas de leite para isolar casas contra o frio em Porto Alegre

Rio Grande do Sul enfrenta a semana mais fria do ano; projeto trabalha com a doação de produtos

Imagem da noticia Voluntários usam caixas de leite para isolar casas contra o frio em Porto Alegre
Parede revestida com caixas de leite no Rio Grande do Sul | Foto: Reprodução/SBT RS
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Na semana mais fria do ano, Jair Machado Ribeiro pôde dormir melhor. Morador da Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, ele teve a casa de madeira transformada por um projeto que usa caixas de leite para fazer isolamento térmico. "Eu estava bastante ansioso porque estava muito frio aqui. A casa tem frestas, foi comprada usada, com material já desgastado", contou o topógrafo.

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O imóvel de Jair foi atendido pelo projeto "Brasil sem Frestas", que atua na capital gaúcha há quatro anos. Após a intervenção, ele percebeu a diferença: "Depois que eu vi tudo pronto, eu vi que não passa mais frio, não entra mais aquele vento gelado. E é bem térmico", disse. "Com um aquecedor pequeno, agora consigo manter a casa aquecida".

A iniciativa é mantida por voluntários e depende da colaboração da comunidade. "O projeto é 100% voluntário. Nos mantemos com a doação de tampinhas, que vendemos para comprar materiais. Temos também associados que contribuem com o que podem", explicou Shirlei Lima, presidente da ONG em Porto Alegre.

No galpão onde o grupo se reúne duas vezes por semana, na zona sul da cidade, o trabalho se parece com uma pequena fábrica. As caixas de leite chegam lavadas e abertas. Depois, passam por higienização, cortes e montagem. Doze unidades formam uma placa. Para revestir uma casa, são usadas cerca de 120 placas - ou seja, 1.500 caixinhas.

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Mais de 315 mil unidades já foram reaproveitadas em Porto Alegre. "Quando você faz uma casa, é como se estivesse dando uma casa nova para aquela pessoa", afirma Shirlei. "Para muitos, pode parecer só uma caixa de leite. Mas para quem recebe, é conforto, é calor, é limpeza".

As doações de caixas - sempre lavadas e abertas - e a participação de voluntários são essenciais para manter o projeto. A fila de espera é grande. Cada placa pronta representa mais uma casa que poderá enfrentar o inverno com mais dignidade.

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