Usar máscara protege contra a poluição e a fumaça das queimadas? Entenda
Prática pode ser uma aliada para lidar com ar seco, poluído e a fumaça dos incêndios; veja recomendações
O uso de máscara pode ser um aliado para lidar com o ar seco, poluído e a fumaça dos incêndios. Em razão da piora da qualidade do ar, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgou, nesta terça-feira (10), diretrizes para o enfrentamento da piora da qualidade do ar.
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Dentre as recomendações estipuladas pelo órgão estão a utilização máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100 para pessoas que residem em áreas de queimada. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, outras máscaras ou itens artesanais, como bandanas e panos também podem proteger contra as partículas finas de poluição e fuligem das queimadas.
Além disso, a Cetesb orienta que as pessoas evitem atividades físicas ao ar livre e aumentem a ingestão de água.
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Como a fumaça e a fuligem afetam o corpo?
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), José Miguel Chatkin, a fumaça da queimada é composta de fuligem, que consiste em material particulado, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e outros orgânicos voláteis. Sua inalação causa inflamações nas vias aéreas, que podem resultar em irritações nos olhos, nariz e garganta.
Os mais afetados pelas queimadas são as crianças e idosos. O especialista lembra que doenças respiratórias são a principal causa de internação de crianças e que entre 10 e 15% dos brasileiros têm asma ou bronquite crônica, que também são considerados grupo de risco, junto com pessoas que possuem outros problemas respiratórios, cardíacos, imunológicos e similares, segundo o Ministério da Saúde.
Para essas pessoas, a orientação é buscar atendimento médico para atualizar o plano de tratamento, além de manter disponíveis medicamentos e itens prescritos pelo médico, para o caso de crises agudas e avaliar a possibilidade de sair temporariamente da área impactada pelas queimadas, segundo a pasta.
Veja outras recomendações do Ministério da Saúde
- Reduzir ao máximo o tempo de exposição à fumaça, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;
- As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários em que se perceba elevada concentração de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;
- Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;
- Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentos a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.