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“Traidores da pátria” e “comunistas”: veja como Braga Netto atacou comandantes para que eles aderissem ao golpe

Relatório da PF mostra como general da reserva e vice na chapa de Bolsonaro pressionou chefes do Exército e da Aeronáutica

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O general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato à vice-presidência, e o ex-presidente Jair Bolsonaro | Agência Brasil
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O general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022, pressionou os comandantes do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) para que eles aderissem ao plano de golpe para impedir a posse de Lula.

+ Bolsonaro liderou, atuou e planejou atos para golpe de Estado, diz relatório da Polícia Federal

Braga Netto, segundo os investigadores, orientou "ataques pessoais contra os comandantes Freire Gomes e Baptista Júnior”. Segundo o documento, o general da reserva recorreu a ferramentas da milícia digital para disseminar “em alto volume, por multicanais, de forma contínua e repetitiva informações falsas, passando a imagem ao meio militar e aos adeptos do ex-presidente Jair Bolsonaro, que os referidos comandantes seriam traidores da pátria e alinhados ao comunismo”.

A PF também apresenta mensagens trocadas por Braga Netto com o ex-militar Ailton Barros. Os dois tratavam da resistência do comandante do Exercito, Freire Gomes, para embarcar na trama golpista. "Vamos oferecer a cabeça dele aos leões", escreveu Barros. Em resposta, Braga Netto disse: “Oferece a cabeça dele. Cagão”. Em outro momento ataca o então comandante da Aeronáutica: “Senta o pau no Batista Junior (...) traidor da pátria. Dai para frente. Inferniza a vida dele e da família”.

Os trechos constam no relatório final da investigação da Polícia Federal (PF), que indica 37 indiciados por golpe de Estado, entre eles Braga Netto e Bolsonaro. O documento deixou de ser sigiloso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26).

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