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TCE cobra explicações de concessionária e governo de SP sobre morte de homem no metrô

Partes terão até cinco dias para responder questionamentos; acidente ocorreu na última terça-feira (6)

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Câmeras registraram acidente no metrô nesta terça-feira | Reprodução
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O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) cobrou explicações do governo estadual e da concessionária Viamobilidade sobre o acidente que matou um homem na Linha 5-Lilás do Metrô, na última terça-feira (6). Na decisão, divulgada na quarta-feira (7), o conselheiro Dimas Ramalho deu o prazo de cinco dias para que as partes se manifestem sobre o caso.

Para a ViaMobilidade, Dimas Ramalho exigiu um relatório com informações sobre as circunstâncias em que ocorreu a morte do jovem, bem como as medidas adotadas após a ocorrência do acidente e qual o suporte prestado à família do passageiro. Também cobrou informações sobre a existência de seguro de responsabilidade civil e se já houve ocorrências anteriores da mesma natureza.

O conselheiro ainda pediu informações sobre a existência de sistema de segurança, como sensores entre portas, e se alguma medida foi adotada para prevenir novos acidentes. Na mesma linha, determinou que a concessionária informe o valor investido na segurança dos passageiros – desde o início da concessão –, com a comparação com os valores que contratualmente deveriam ser investidos.

Já no caso do governo estadual, a Secretaria de Parcerias em Investimentos deverá esclarecer as medidas contratuais e legais que adotou e tem adotado em relação ao acidente, em face dos serviços prestados pela Viamobilidade – responsável pelas linhas 5 e 17 do Metrô.

Relembre o caso

Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos, morreu após ter ficado preso entre a porta da plataforma e a porta de acesso ao vagão na estação de metrô Campo Limpo, na Linha 5-Lilás, localizada na zona sul de São Paulo. Segundo a ViaMobilidade, o estudante de Educação Física teve ferimento no crânio e já não tinha sinais vitais quando foi resgatado pela equipe de socorro.

Questionada sobre a existência de um sensores de movimento entre as portas, que poderia ter evitado a morte de Lourivaldo, a concessionária afirmou que o equipamento está presente somente nos trens. Defendeu, contudo, que existem avisos sonoros e luminosos para alertar os passageiros.

+ Vídeo mostra reação de passageiros após homem ficar preso no metrô

“Mesmo após os alarmes visuais e sonoros, ao tentar entrar no vagão, o passageiro acabou ficando no espaço entre o trem e a plataforma, onde não há sensores. Como tanto as portas de plataforma quanto as do vagão estavam fechadas, o trem partiu. A concessionária realiza regularmente campanhas para alertar os passageiros sobre a importância de não entrar nem sair do trem após os alarmes nem tentar segurar as portas”, disse a ViaMobilidade, em nota.

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