Tarcísio afirma que PMs ligados a casos de violência serão "rigorosamente punidos"
Governador de São Paulo condenou policiais envolvidos em ações policias que terminaram com homem jogado de ponte e jovem baleado nas costas
SBT News
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta terça-feira (3) que policiais militares que atiram pelas costas e jogam uma pessoa da ponte não estão "à altura de usar farda".
O político se referia a duas ações da Polícia Militar de São Paulo que repercutiram nos últimos dois dias pela brutalidade. O primeiro caso mencionado por Tarcísio refere-se a morte de Gabriel da Silva Soares, de 26 anos, na zona sul de São Paulo.
Na ocasião, ele foi alvejado nas costas pelo policial militar Vinicius de Lima Brito após furtar itens de um mercado Oxxo. Em depoimento, o PM alegou legítima defesa, mas foi desmentido posteriormente por câmeras de segurança do estabelecimento. O policial, que chegou a ser reprovado no exame psicológico em sua primeira tentativa de entrar na corporação, em 2021, foi afastado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo das atividades operacionais.
O segundo caso foi registrado na noite de segunda-feira (2), também na zona sul de São Paulo. Um motociclista foi arremessado da ponte durante uma abordagem policial. Imagens registradas por uma testemunha mostram o momento em que o PM pega a vítima pela camiseta e a joga no rio. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, determinou, mais cedo nesta terça-feira (03), o afastamento dos 13 policiais envolvidos na ação. Segundo a SSP, os agentes envolvidos na ação pertencem ao 24º Batalhão da PM de Diadema, região metropolitana de São Paulo. Eles teriam perseguido o motociclista até o bairro Cidade Ademar, na zona sul da capital. O agente que realizou o ato faz parte do grupo especializado Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (ROCAM).
De acordo com Derrite, "essa ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da Polícia Militar". Além disso, o secretário também mandou que eles prestem expediente administrativo na Corregedoria da PM até que a investigação esclareça os fatos.