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Sequestro de bebê: médica está em tratamento psiquiátrico desde 2022, aponta laudo

Representante do Conselho Regional de Medicina diz que crime gerou "espanto" e não havia qualquer queixa registrada contra Claudia Soares

Sequestro de bebê: médica está em tratamento psiquiátrico desde 2022, aponta laudo
Laudo aponta que foram receitados seis remédios diferentes a médica | Reprodução/TV Vitoriosa
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A médica Claudia Soares, presa em flagrante por sequestrar um bebê recém-nascido em Uberlândia (MG), na última terça-feira (23), está em tratamento psiquiátrico desde março de 2022, segundo laudo emitido por seu psiquiatra, Luiz Marcio Lima.

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No documento, Lima afirma que a médica foi diagnosticada com transtorno afetivo bipolar e "apresenta crises recorrentes de humor deprimido, anedonia, desânimo, irritabilidade, insônia e ideação suicida, alternadas por crises recorrentes de elevação de humor, grandiosidade, persecutoriedade, aumento de atividades".

Segundo o psiquiatra, o quadro "prejudica gravemente seu juízo crítico da realidade e a incapacita temporariamente (durante as crises) de compreender a natureza inadequada e/ou ilícita" de suas atitudes.

O laudo aponta ainda que seis medicamentos diferentes foram receitadas para Claudia. A última consulta da médica aconteceu em dezembro de 2023.

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Conselho Regional de Medicina

Em entrevista ao SBT News, Murillo Nascente, médico psiquiatra e conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), disse que, como o crime cometido por Claudia não aconteceu durante uma prática médica, a instituição ainda não irá abrir um processo administrativo contra ela. A decisão é aguardar o fim do inquérito policial para determinar o seu futuro profissional.

Segundo Murillo, a medida a ser tomada contra a Claudia dependerá se ela estava ou não em "surto psicótico".

"Se, no momento da ação, ela estava gozando de suas faculdades mentais, será aberto um processo ético-profissional contra ela. [...] E terá grandes chances de ter seu registro médico cassado", afirmou o psiquiatra.

Mas, caso seja constatado que Claudia Soares agiu durante um surto psicótico, o processo administrativo aberto é diferente. Nessa hipótese, segundo Nascente, o registro da médica poderá ser suspenso e o quadro de saúde dela será avaliado. Após passar por tratamento e atestar que está com a saúde mental estável, ela poderá retomar o exercício a profissão.

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Murillo, que também é coordenador da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame), disse que nenhum paciente da médica registrou queixa alguma contra ela durante um atendimento. Ele também conta que todos os médicos que já trabalharam com Claudia a respeitavam.

"Tudo isso gera um espanto", afirmou Murillo, reforçando que nenhuma ação anterior da médica teria antecipado o crime que ela cometeu.

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