Publicidade
Brasil

Saiba quem é advogado que gritou no STF e foi detido durante julgamento de denúncia contra Bolsonaro

Sebastião Coelho defende Filipe Martins, acusado pela PGR que não estava na pauta do Supremo nesta terça (25)

• Atualizado em
Publicidade

O desembargador aposentado Sebastião Coelho foi detido, nesta terça-feira (25), por policiais judiciais, por gritar ofensas e atrapalhar o julgamento que decide se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados por golpe de Estado se tornarão réus.

A Primeira Turma analisa até esta quarta (26) a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre trama golpista após as eleições de 2022.

+ Fux diverge e entende que denúncia contra Bolsonaro deve ser analisada pelo plenário

Sebastião é advogado e defende o ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins, que também aparece no inquérito do golpe. A confusão começou porque ele foi impedido de entrar na sala para acompanhar a sessão. Aos ministros ele gritou palavras como “sanguinários”, e foi detido em flagrante por desacato. Filipe não está neste primeiro grupo de acusados.

Por determinação do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o advogado foi liberado após o registro de um boletim de ocorrência.

Sebastião diz que registrou uma reclamação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitando uma manifestação da entidade após ter sido impedido de acompanhar o início do julgamento. Ele afirma que ser impedido de acompanhar a sessão é uma violação da advocacia.

+ Primeira Turma rejeita pedido de nulidade por falta de acesso de provas e "pesca probatória"

De acordo com o STF, para assistir ao julgamento, os advogados que não estavam defendendo os acusados naquele momento precisavam encaminhar os nomes previamente e por isso o desembargador aposentado não conseguiu ter acesso à sala.

Polêmicas

Essa não é a primeira vez que Sebastião tem atritos com o STF. Desde 2022, quando se afastou da magistratura, ele tem se envolvido em polêmicas e critica duramente o Judiciário.

O ex-desembargador responde a um processo administrativo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suspeita de que ele estaria incitando atos golpistas enquanto ainda estava no cargo, além de fazer declarações contra o tribunal, principalmente contra o ministro Alexandre de Moraes.

Durante sua participação em eventos no acampamento montado por apoiadores de Bolsonaro após as eleições de 2022, em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, Sebastião chegou a pedir a prisão de Moraes em um discurso.

O advogado de 69 anos é natural de Santana de Ipanema (AL). Aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), onde trabalhou por mais de 30 anos, Sebastião atuou em diferentes varas, como Execuções Penais e Auditoria Militar. Em 2013 foi promovido a desembargador e se aposentou voluntariamente em 2022.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade