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Quatro em cada 10 brasileiros fizeram compra por impulso na internet, revela pesquisa da CNI

Cerca de 44% dos consumidores dizem que já tiveram problemas com o produto e decidiram devolver ou trocar os itens comprados

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40% dos brasileiros dizem que compram por impulso
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Pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 40% dos brasileiros que compram pela internet admitem já ter feito compras por impulso. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (4), mostra que os consumidores se arrependeram do produto comprado momentos depois. Esse comportamento é ainda mais comum entre jovens e pessoas com maior escolaridade e renda.

Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, alerta que as compras impulsivas podem gerar consequências negativas para o consumidor. “Muitas vezes, o consumidor é levado a comprar por impulso, seja porque percebe uma queda muito forte de preço ou uma oportunidade que pode passar rapidamente. Mas, ao fazer isso, ele não reflete sobre a real possibilidade e necessidade de fazer aquela compra, o que pode trazer impacto negativo, inclusive, na hora de fazer compras mais corriqueiras e mais necessárias”, ressalta.

A pesquisa também aponta que 62% dos brasileiros preferem adquirir produtos nacionais, com 36% já tendo optado por comprar importados em vez de itens fabricados no Brasil. Esse percentual sobe para 52% entre os mais jovens, de 16 a 24 anos. O custo mais baixo dos produtos importados é o principal atrativo para os entrevistados, seguido pela qualidade superior e pela escassez do produto nacional.

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Outro dado importante do estudo é que quase metade dos brasileiros que compraram online enfrentaram problemas com os produtos adquiridos. Aproximadamente 44% dos consumidores que tiveram problemas decidiram devolver ou trocar os itens, enquanto 34% procuraram o atendimento ao cliente e 18% se decepcionaram com a qualidade dos produtos recebidos.

A pesquisa também revela que 74% dos entrevistados percebem vantagens nas compras pela internet, sendo o preço mais baixo a principal delas, citada por 36%. A conveniência de fazer compras sem sair de casa foi apontada por 28% como um dos benefícios das lojas online. No entanto, dois terços da população destacam desvantagens nas compras virtuais, como a demora na entrega, a falta de segurança no momento da compra e a impossibilidade de ver o produto pessoalmente.

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Em relação ao perfil de compra, o levantamento mostra que quase 60% da população já fez compras pela internet. Porém, a preferência por lojas físicas ainda é predominante, especialmente para itens como móveis e alimentos. No entanto, itens como roupas, equipamentos eletrônicos e livros são frequentemente adquiridos online.

O levantamento foi realizado entre 17 e 20 de maio, em todos os estados e no Distrito Federal, exceto no Rio Grande do Sul, em razão das enchentes que atingiram o estado no mês. Foram entrevistadas 2.012 pessoas, a partir de 16 anos de idade.

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