Proporção de crianças e adolescente de 6 a 14 anos no ensino fundamental cai pelo segundo ano, diz IBGE
Pesquisa também aponta que a média de anos de estudo das pessoas brancas foi de 10,8 anos, em 2023; maior que a dos pretos e pardos, 9,2 anos
SBT News
O percentual de estudantes com 6 a 14 anos frequentando o ensino fundamental, etapa escolar adequada para esta faixa etária, ficou em 94,6% em 2023, uma queda em relação a 2022 (95%). Os dados, divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE, destacam que essa é também a menor taxa desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2016. Para 2024, a meta do governo federal é de 95%.
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Taxa de escolarização
A taxa de escolarização desse grupo etário (6 a 14 anos), que mede apenas a frequência escolar sem considerar o nível de ensino, permaneceu em 99,4%, mantendo patamar elevado em todas as grandes regiões e chegando próximo à universalização.
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Escolarização até os 5 anos cresce
O levantamento aponta que 10,1 milhões de crianças de 0 a 5 anos frequentavam creche ou escola no país, em 2023.
- Crianças de 0 a 3 anos: Taxa de escolarização era de 38,7%, o que corresponde a mais de 4 milhões de crianças nas creches;
- Crianças de 4 a 5 anos: 5,8 milhões de crianças dessa faixa etária nas creches. De 91,5% em 2022, subiu para 92,9% em 2023;
OBSERVAÇÃO: A escolarização de crianças de 0 a 3 anos cresceu 8,4 pontos percentuais desde 2016. Em 2022, houve uma alta de 2,7 pontos percentuais.
Taxa de escolarização 15 a 17 anos
Em 2023, a taxa foi de 91,9%. Em 2022, o levantamento apontou que houve um recuo de 2,7 pontos percentuais no Norte do País. O que representa apenas 89,1% desse público, com escolarização.
Analfabetismo segue caindo e permanece associado à idade
Em 2023, o país tinha 9,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 5,4%.
Dessas pessoas, 5,1 milhões viviam na região Nordeste e 2,1 milhões de pessoas no Sudeste. Em relação a 2022, houve uma redução de 0,2 ponto percentual dessa taxa no país, o que corresponde a uma queda de pouco mais de 232 mil analfabetos em 2023.
Veja gráfico:
Média de anos de estudo fica estável, com pequena redução das desigualdades
Em 2023, a média de anos de estudo das pessoas com 25 anos ou mais de idade foi 9,9 anos, ficando estável ante 2022.
A média de anos de estudo das mulheres (10,1 anos) continua maior que a dos homens (9,7 anos).
Média de estudo de pessoas brancas foi maior que de pessoas pretas em 2023
A média de anos de estudo das pessoas brancas foi de 10,8 anos, em 2023. Maior que a dos pretos e pardos, 9,2 anos. Essa diferença caiu pouco desde 2016, quando era de 2,0 anos.
Média total de anos de estudo por regiões
- Sudeste: 10,6 anos;
- Sul: 10,1 anos - Segue acima da média nacional de anos de estudo;
- Centro-Oeste: 10,5 anos - Segue acima da média nacional de anos de estudo;
- Nordeste: 8,7 anos - Abaixo da média;
- Norte (9,5 anos) - Abaixo dessa média;
- OBSERVAÇÃO: A média do Centro-Oeste teve a maior variação ante 2022: 0,3 ano de estudo.