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Polícia Federal completa 1ª semana de policiamento ostensivo para coibir crimes no RS

400 homens da PF fazem rondas noturnas em áreas com saques, invasões e depredações atuam, em Porto Alegre e sul do estado

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O reforço da Polícia Federal na segurança contra crimes em meio a maior tragédia do Rio Grande do Sul, decorrente das chuvas e enchentes, completou uma semana nesta sexta-feira (17). Com o aumento dos crimes registrados, em especial nas áreas alagadas, e a redução do número de pedidos de socorro para resgate de desabrigados, os homens-de-preto da PF assumiram o policiamento ostensivo na área metropolitana de Porto Alegre e na região sul do estado no último final de semana.

Com um efetivo de 400 destacados, boa parte integrantes de equipes de elite e especializadas em ações táticas, a PF tem feito rondas ostensivas por terra e, principalmente, embarcado.

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"Estamos fazendo um policiamento ostensivo, estamos em auxílio às forças policiais locais em áreas determinadas, fazendo essa segurança ostensiva embarcada, nos locais alagados ainda, e também com viaturas, onde é possível trafegar, principalmente à noite", afirmou o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, Aldronei Rodrigues, em entrevista ao SBT News.

https://youtu.be/-0UHY9y9_zM?feature=shared&t=83

Pelo menos 100 pessoas foram presas por assaltos, invasões de casas e estabelecimentos comerciais, roubos a embarcações e golpes, desde o início da calamidade que atinge o estado desde o fim de abril. Os números são das prisões feitas também pelas polícias Militar e Civil. A PF participou de uma parte delas, mas como os casos são de crimes comuns, os registros foram levados para o estado.

De um quartel-general montado estrategicamente à beira do rio Guaíba, a PF coordena as ações das equipes, que passaram a atuar ostensivamente na segurança das áreas com maiores problemas. Nos primeiros dez dias da tragédia, o foco foi o salvamento das vítimas e a operação de ajuda assistencial aos desabrigados - mais de 80 mil até aqui.

Do Centro de Comando e Controle, em Porto Alegre, são coordenadas as ações embarcadas e as incursões em áreas e pontos de bloqueio, feitas pelas equipes de elite e operacionais. Há policiais do estado e também de Santa Catarina, Paraná e Brasília.

Foi em um desses pontos de bloqueio da PF que 124 quilos de skunk foram apreendidos, há uma semana, em uma abordagem do COT a um caminhão que passava pela BR-116, em Eldorado do Sul. O destino do veículo era Porto Alegre e o motorista foi preso em flagrante.

A capital do estado, para onde seguia a carga, é a mais afetada pelas enchentes que castigam os gaúchos há cerca de 20 dias. São 154 mortos, 98 desaparecidos e 540 mil pessoas que tiveram que deixar suas casas, com a histórica chuva que atinge o Rio Grande do Sul. É de Porto Alegre que também parte as embarcações das equipes do Nepom, da PF, por água.

105 presos pelas polícias

OPERAÇÃO ESPERANÇA DA PF

  • 400 policiais federais
  • 3.063 resgate de pessoas**
  • 1.090 resgate de animais**
  • Comando de Operações Táticas (COT)
  • Grupo de Pronta Intervenção (GPI)
  • Núcleo de Polícia Marítima (Nepom)
  • Comando de Aviação Operacional (Caop)
  • 30 viaturas
  • 40 caminhonetes
  • 15 botes de resgate
  • 20 embarcações de resgate
  • 4 geradores
  • 11 jetskis
  • 6 viaturas-reboque
  • 1 helicóptero
  • 2 caminhões
  • 1 caminhão plataforma
  • 1 carreta-tanque de abastecimento

(*) números das polícias Militar e Civil do RS/PF tem 1 prisão registrada

(**) incluem dados da região de Porto Alegre (Eldorado do Sul e Ilha da Pintada), Pelotas e Rio Grande

QG da PF

O QG montado estrategicamente serve como ponto de saída e chegada das embarcações da PF e também para o Comando de Aviação Operacional (Caop). Integrado com a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, eles têm feito segurança na capital e em Eldorado do Sul e na Ilha da Pintada.

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Com uso dos satélites, de drones, das câmeras de vigilância do estado, equipes de inteligência monitoram áreas de maior risco de crimes, como assaltos e vandalismo, e observam circulação suspeitas.

O SBT News apurou que as ações de roubos e invasões são pontuais e localizadas, sem envolvimento direto do crime organizado. O episódio que colocou em alerta a PF foi a suspeita de invasão do Aeroporto de Porto Alegre, para roubo de uma carga de 3 mil armas da Taurus, que estavam encaixotadas e foram imobilizadas pelo alagamento e fechamento do terminal.

A propagação de falsas notícias, as chamadas fake news, também tem potencializado a sensação de medo na população em relação aos crimes nas áreas alagadas. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul montou um grupo especial para atuar contra as fake news na tragédia.

A força-tarefa Cyber deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Dilúvio Moral, que prendeu em Santo André (São Paulo) três acusados de fraudes, que tentava aplicar golpes e atentados aos serviços de utilidade pública durante o período de calamidade no Estado. O grupo tentava lucrar com a tragédia dos desabrigados. Segundo a polícia, eles criaram em redes sociais contas oficiais do governo do Rio Grande do Sul falsas para recebimento de doações. Diversas pessoas caíram no golpe e fizeram doações via pix.

Colaborou Nathalia Fruet

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