Prefeituras e estado terão imagens de satélites usados pela PF para ajudar na tragédia no RS
Ministro da Justiça e Segurança Pública disponibilizou mega sistema de monitoramento federal para auxiliar no enfrentamento às enchentes
As prefeituras e órgãos do estado que atuam na tragédia do Rio Grande do Sul terão acesso a imagens de satélite do sistema usado por órgãos de segurança, como a Polícia Federal (PF), meio ambiente e de gestão federais para auxílio nas ações de combate às enchentes e apoio aos quase meio de milhão de atingidos.
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta quinta-feira (16), que disponibilizou o programa modelo do governo usado pela Segurança Pública e por outros órgãos federais, como o Ministério de Meio Ambiente, para auxílio na recuperação dos estragos provocados pela enchente no estado.
O projeto gera diariamente imagens de satélite em alta resolução do país, emite alertas automáticos de crimes ambientais (desmatamento, garimpo clandestino, queimadas e plantio de drogas).
"O material oferece subsídios para combate e prevenção de desastres na região, como grandes alagamentos e deslizamentos de terra", informou o ministério.
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Todas prefeituras e órgãos do governo do estado podem acessar o sistema, com prioridade para as cidades mais afetadas. Portarias assinadas pelo secretário-executivo do ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, com o Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul, com a Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão, com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura e com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) permitem o acesso.
Os interessados devem solicitar acesso ao sistema. Os órgãos públicos devem enviar um e-mail do gabinete da maior autoridade da instituição, por exemplo, do prefeito ou do gabinete do prefeito. O e-mail deve ser encaminhado para o endereço eletrônico brasilmais@pf.gov.br. Após o recebimento, a PF encaminhará o pedido à Secretaria Executiva do MJSP para concluir o processo.
Na mensagem é necessário fornecer informações básicas, como nome, sigla e endereço da instituição; nome, cargo e e-mail da maior autoridade e dos pontos focais; e lista de usuários para acesso (nome, cargo, e-mail, telefone, lotação). Os dados podem ser complementados posteriormente.
Os municípios podem utilizar quantas imagens precisarem para auxiliar no combate aos desastres. Além das imagens de satélite, também está disponibilizado acesso a alertas de deslizamentos. Nos últimos 30 dias, o programa emitiu 312 alertas para o Rio Grande do Sul.