Polícia de SP trabalha com hipótese de que metanol tenha sido usado para limpeza das garrafas
Casos de intoxicação já foram registrados em diferentes estados do país; Anvisa acionou órgãos internacionais para importar antídoto

SBT News
A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de que metanol tenha sido utilizado na limpeza de garrafas de bebidas alcoólicas. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (3) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
+ Prejuízo provocado por bebidas falsificadas chega a R$ 471 bilhões no Brasil, diz associação
Equipes realizam operações diárias em vários pontos para fiscalizar a venda de bebidas e rastrear a origem dos produtos falsificados. Bares, adegas e distribuidoras são inspecionados, com verificação de documentos e apreensão de itens suspeitos.
Até o momento, mais de 2.500 garrafas foram apreendidas somente nesta semana, e nove estabelecimentos foram interditados, incluindo duas distribuidoras de bebidas.
Nesta sexta-feira (3), a Polícia Federal e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) fiscalizaram fábricas em Poços de Caldas (MG), Chapecó e Joinville (SC) e Campinas (SP), de onde foram coletadas amostras para análise laboratorial.
Na noite de quinta-feira (2), a Anvisa informou que acionou órgãos internacionais para viabilizar a importação do fomepizol — antídoto contra intoxicação por metanol — já que o medicamento não possui registro no Brasil.
+ Homem morre com suspeita de intoxicação por metanol na Bahia
Casos continuam sendo identificados em diferentes estados. Na Bahia, a Secretaria da Saúde confirmou nesta sexta (3) a morte de um homem de 56 anos em Feira de Santana, com suspeita de intoxicação.
Em Pernambuco, uma mulher passou mal após ingerir vodca adulterada em Olinda. No Paraná, o primeiro caso suspeito em Curitiba envolve um homem de 60 anos internado em estado grave.
Veja a nota da SSP na íntegra:
A Polícia Civil segue com as investigações sobre os casos de falsificação de bebidas, com unidades especializadas mobilizadas para identificar os envolvidos nas adulterações. Uma das linhas de investigação é de que a contaminação pode ter acontecido no momento da limpeza dos vasilhames com metanol. Equipes têm feito operações diárias em vários locais para fiscalizar a venda de bebidas alcoólicas e rastrear a origem dos produtos falsificados. As equipes verificam bares, adegas e distribuidoras em diferentes municípios, analisam a documentação e recolhem bebidas suspeitas para análise. Até o momento mais de 2.500 garrafas foram apreendidas somente nesta semana e nove estabelecimentos foram fechados, entre eles, duas distribuidoras de bebidas.
+ Paraná registra primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol em Curitiba