Mulher passa mal após ser acusada de furto e denuncia racismo em loja no RJ
Filho registrou em vídeo a mãe sendo socorrida após constrangimento em estabelecimento da Baixada Fluminense
SBT Notícias
Selma de Carvalho, de 51 anos, denunciou que foi vítima de constrangimento e racismo dentro da loja Vivian Festas, localizada em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Segundo relato, Selma entrou no estabelecimento levando na bolsa um perfume recém-comprado em outra loja. Ao sair do local, ela foi abordada por um segurança, que pediu para que ela abrisse a bolsa. Ao ver o frasco de perfume, o homem acusou Selma de roubo e tirou uma foto dela.
Ao ver que o item não era vendido na loja, o segurança tentou devolver o produto, alegando que Selma o havia esquecido. A situação fez a mulher, que sofre de síndrome do pânico e faz uso de remédios controlados, passar mal. Ela teve duas convulsões no local. Uma vizinha presenciou a cena e acionou o filho, o barbeiro Ananias Ferreira da Silva Júnior.
Quando chegou no local, Ananias encontrou a mãe recebendo ajuda de clientes e da vizinha. Ele afirma que nenhum funcionário da loja acionou socorro médico. Foi ele quem chamou uma ambulância, que levou Selma para a UPA de Comendador Soares, onde ela recebeu atendimento psiquiátrico, foi medicada e liberada.
Em nota, o Grupo Vivian Festas informou que "lamenta profundamente o ocorrido" e que a situação "não reflete o padrão de qualidade, acolhimento e respeito" da empresa. A direção afirmou que o gerente da unidade foi orientado a adotar medidas corretivas e reforçar o treinamento da equipe, para evitar que casos semelhantes se repitam.
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A rede disse ainda que está conduzindo uma apuração rigorosa e que, se for comprovado descumprimento de seus padrões, "as medidas cabíveis serão tomadas, sempre com responsabilidade e transparência".