Mortes por Metanol: São Bernardo registra mais um caso suspeito
Homem de 49 anos morreu nesta terça-feira (30) em casa após suposta ingestão de bebida adulterada

Caroline Vale
Vicklin Moraes
A cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, registrou mais um caso suspeito de morte por contaminação de metanol em bebidas alcoólicas. A vítima é um homem de 49 anos que morreu em casa na noite de terça-feira (30).
Segundo a prefeitura de São Bernardo, todas as mortes registradas na cidade são homens: um de 38 anos, morto em 18 de setembro; um de 58, em 24 de setembro; outro de 45, em 28 de setembro; e o mais recente, de 49 anos. Três foram atendidos em hospitais públicos e privados, enquanto o último morreu em domicílio.
O governo do estado de São Paulo confirmou nesta quarta-feira(1º) um óbito confirmado por intoxicação de metanol e outros 5 mortes em investigação. No total, 37 casos foram registrados e 10 casos foram confirmados.
Em Pernambuco, três casos de intoxicação por metanol foram registrados e notificados pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) na tarde de terça-feira (30). As vítimas, todas homens residentes de Lajedo e João Alfredo, foram atendidas no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. Dois morreram, enquanto o terceiro recebeu alta hospitalar, mas ficou com perda de visão bilateral como sequela.
Interdições e gabinete de crise
Diante da escalada dos casos, o governo de São Paulo determinou a interdição cautelar de todos os estabelecimentos onde houve consumo de bebidas suspeitas. Na capital, quatro bares foram fechados nos bairros Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins e Mooca. Só nesta semana, 802 garrafas foram apreendidas — 660 em distribuidoras e outras 142 em três bares da cidade.
Em São Bernardo do Campo e Barueri, dois estabelecimentos também foram interditados. O possível envolvimento dos locais com as mortes segue sob investigação. Para coordenar as ações, o governo criou um gabinete de crise voltado exclusivamente aos casos de intoxicação por metanol.
Nesta quarta-feira (1º), um lote de 128 mil garrafas de vodca foi lacrado em Barueri e só será liberado mediante apresentação da documentação de origem. Além disso, uma distribuidora teve a inscrição estadual suspensa preventivamente, enquanto outras três estão sob análise para possível suspensão.