Ministério da Saúde alerta para aumento de gripe e covid-19 em abrigos no RS
Riscos de maior incidência de Hepatite A, raiva e poliomielite também preocupam o Departamento de Emergências em Saúde Pública, vinculado à pasta
O Ministério da Saúde emitiu, nesta terça-feira (14), um alerta para o aumento do número de casos de doenças respiratórias no Rio Grande do Sul, em particular gripe e covid-19. Segundo a pasta, as aglomerações nos abrigos e a temperatura cada vez mais baixa na região são fatores de risco para a população atingida pelas enchentes.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, disse o diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia.
Imunoglobulinas
Para combater as doenças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, se comprometeu a enviar, ainda nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao estado. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias.
Vacinas e insumos
A pasta anunciou também que vai destinar 1,1 mil frascos de soro e 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, além de 134 mil doses para covid-19. “Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, disse a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
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O Ministério da Saúde declarou já ter enviado um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. A volume foi dividido em 100 kits emergenciais de 250 kg cada, contendo remédios, luvas, seringas, ataduras e outros materiais utilizados nos atendimentos médicos. A expectativa, segundo a pasta, é de que o material atenda até 1.500 pessoas durante um mês.
“Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil”, afirma o governo federal.