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Ministério da Justiça demite diretor da Penitenciária de Mossoró após fuga de detentos

As investigações da Polícia Federal agora se concentram na facção criminosa que auxiliou na fuga dos detentos

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O Ministério da Justiça anunciou nesta sexta-feira (5), a demissão do diretor da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A decisão foi tomada após a fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33. O ex-diretor Humberto Gleydson Fontinele já estava afastado de suas atividades.

+Recaptura de fugitivos de Mossoró custou R$ 6 milhões aos cofres públicos

As investigações da Polícia Federal agora se concentram na facção criminosa que auxiliou na fuga dos detentos. Os fugitivos foram recapturados no Pará e já foram realocados para a prisão.

Esta foi a primeira fuga registrada em todo o sistema penitenciário federal. André Garcia, o Secretário Nacional De Políticas Penais, confirmou que houve falhas por parte dos agentes do presídio em seguir os protocolos de segurança, embora não haja evidências de corrupção até o momento.

"Até o presente momento, o que nós temos de informação nesses processos é que não houve facilitação por parte de policiais penais. Mas isso pode mudar ao longo das investigações, tanto da polícia quanto nos processos administrativos", afirmou.

Os detidos foram transferidos de volta para Mossoró sob escolta da Polícia Federal, em um voo que partiu de Marabá, no Pará, durante a madrugada desta sexta-feira (5).

A Polícia Federal também busca ampliar suas investigações sobre a atuação de facções criminosas do Rio de Janeiro e São Paulo no Norte e Nordeste do país, especialmente após a captura dos seis membros do "Comboio do Crime", responsáveis por transportar os fugitivos para fora do Brasil.

Durante as investigações, foi confirmado que os fugitivos receberam apoio financeiro do Comando Vermelho, com um pagamento de cinco mil reais via PIX feito por um morador do Complexo do Alemão.

A mudança estratégica para priorizar a inteligência das forças policiais foi crucial para a captura dos foragidos. Além das prisões dos colaboradores da fuga, a PF também apreendeu vários celulares, incluindo um utilizado por um dos fugitivos para se comunicar com sua avó. As escutas realizadas pelos investigadores permitiram o monitoramento do roteiro dos fugitivos, contribuindo para sua recaptura.

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