Milicianos que mataram Marielle Franco podem pegar até 84 anos de prisão, se condenados a pena máxima
Júri popular de Ronnie Lessa e Élcio Queiróz começa nesta quarta-feira (30), no Rio de Janeiro. Ministério Público pediu condenação por todos os crimes
O Ministério Público do Rio de Janeiro quer condenação máxima para Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, em 2018. Os dois milicianos começam a ser julgados pelo Tribunal do Júri, nesta quarta-feira (30).
Se forem condenados, Lessa e Queiroz podem pegar até 84 anos de prisão.
No início de outubro, o Tribunal do Júri - em que populares são os julgadores - foi autorizado a sentenciar os executores de Marielle pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os assassinos confessos de Marielle foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP por "duplo homicídio triplamente qualificados" e pelo "homicídio tentado", contra a assessora Fernanda Chaves, que sobreviveu ao ataque.
Os ex-policiais estão presos desde março de 2019 e foram acusados ainda por "receptação" do carro Cobalt roubado que foi usado para o crime, em 14 de março de 2018.
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Os milicianos serão ouvidos pelos jurados e pelo juiz por videoconferência, da cadeia. Os dois fizeram acordos de delação premiada e confessaram terem assassinado Marielle. Lessa está no na Penitenciário de Tremembé, interior de São Paulo, e Queiróz, no Complexo da Papuda, em Brasília.
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