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Metanol de facção pode ter sido repassado para fábricas de bebida clandestina, aponta associação

Duas mortes e dezenas de intoxicações foram registradas; autoridades investigam ligação entre grupo criminoso e destilarias clandestinas

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A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) pode estar envolvida nos recentes casos de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas em São Paulo, segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).

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Em nota, a entidade afirmou suspeitar que o metanol usado nas bebidas seja o mesmo importado ilegalmente pela facção para adulteração de combustíveis. Apesar da suspeita, até o momento, não há nenhuma confirmação oficial.

O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo (CVS) confirmou três mortes por intoxicação em São Bernardo do Campo e na capital. Atualmente, dez pacientes estão sob investigação por possível contaminação. O CVS informou que segue acompanhando as fiscalizações de bares, distribuidoras e estabelecimentos suspeitos.

De acordo com a ABCF, o fechamento recente de distribuidoras de combustíveis ligadas ao crime organizado pode ter provocado a revenda do metanol para destilarias clandestinas e falsificadores de bebidas, gerando lucro milionário em detrimento da saúde pública.

O órgão também alertou que os casos atuais diferem dos anteriores, quando as intoxicações estavam relacionadas ao consumo deliberado de combustíveis por pessoas em situação de rua. Agora, os registros ocorrem em ambientes sociais, como bares e restaurantes, envolvendo bebidas como gim, uísque e vodca.

O que é metanol?

O metanol, ou álcool metílico, é um biocombustível altamente inflamável usado na indústria química e na produção de plásticos, biodiesel e combustível. Apesar de semelhante ao etanol, possui alto nível de toxicidade. A ingestão pode causar intoxicações graves e até a morte.

A Secretaria da Saúde de São Paulo recomenda que bares e restaurantes chequem a procedência dos produtos vendidos e que consumidores comprem apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal. O objetivo é evitar novos casos de contaminação que podem colocar vidas em risco.

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