Política

Lula não deveria concorrer à reeleição em 2026, opina The Economist

Publicação britânica reconheceu o favoritismo do presidente, mas classificou políticas econômicas como "medíocres"

A revista britânica The Economist publicou um editorial em que "desaconselha" a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição no pleito de 2026. O texto compara o petista ao ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden.

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O argumento da revista é de que candidatos com mais de 80 anos "representam riscos elevados". Lula comemorou oito décadas de vida em outubro deste ano e, caso conquiste mais um mandato como chefe do Executivo nacional, governará até os 85 anos.

"Lula tem apenas um ano a menos do que Joe Biden tinha no ciclo eleitoral de 2024 nos Estados Unidos, que terminou de forma desastrosa. Ele parece estar em condição muito melhor do que Biden estava, mas já teve problemas de saúde"

A publicação destaca o contexto político brasileiro, citando os atos de 8 de janeiro e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, de 70 anos, por tentativa de golpe, além de mencionar tarifas comerciais aplicadas pelos Estados Unidos.

"Lula tem 80 anos. Apesar de todo o seu talento político, é simplesmente arriscado demais para o Brasil ter alguém tão idoso servindo mais quatro anos no cargo máximo. Carisma não é proteção contra o declínio cognitivo."

A revista também reconhece que uma eventual vitória tornaria Lula o político mais bem-sucedido da era democrática moderna do Brasil e admita o favoritismo do presidente, mas adota um tom crítico. O texto afirma que "carisma não é proteção contra declínio cognitivo" e classifica as políticas econômicas da atual gestão como "medíocres".

"Elas se concentram sobretudo em transferências aos pobres, acompanhadas de medidas de aumento de arrecadação que se tornam cada vez menos amigáveis aos negócios, embora ele tenha agradado aos empregadores com uma reforma para simplificar os impostos."

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