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Lessa testou metralhadora emprestada antes do crime

“A pessoa que quer matar alguém tem que ter no mínimo uma pistola pra te oferecer”, disse Lessa

Lessa testou metralhadora emprestada antes do crime
Reprodução da MP5
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Em trechos da delação premiada de Ronnie Lessa - o assassino da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes - disse que testou a arma emprestada antes do crime. "Fiz um teste mecânico da arma, disparando com o supressor de ruídos acoplado (silenciador). É praxe que toda a arma que esteja com o supressor deve estar muito bem alinhada, (pois) pode ocasionar um acidente grave com o atirador", disse Lessa aos investigadores em 11 de agosto de 2023.

+ Delação de Ronie Lessa: assassino de Marielle diz que delegado Rivaldo era “suporte de operação”

Dois dias antes, em 9 de agosto, o ex-policial militar deu mais detalhes de como recebeu a arma para os assassinatos, depois de acertar o serviço de matador de aluguel: “Já fui conversando com o Macalé (o ex-policial Edmilson Oliveira da Silva) sobre a questão de arma, sobre a questão de carro, a logística em si, e ele se encarregou de resolver tudo isso, como fez. Dias depois ele já veio trazer a arma, eu pedi a ele para conseguir uma arma mas que não fosse um revólver, no mínimo uma pistola”, disse Lessa.

+ Marielle era “pedra no caminho” para loteamento irregular, disse Lessa à PF + Moraes derruba sigilo de delação e determina transferência de Ronnie Lessa para o presídio de Tremembé

Segundo ele, a entrega da arma se deu em meados de setembro de 2017. Marielle e Anderson foram mortos em 14 de março de 2018. “Aí ele (Macalé) vem com a metralhadora MP5, eu achei até uma coisa (boa) porque eu sou fã da arma, tenho uma réplica em calibre 22, eu trabalhei com ela no BOPE, ou seja, eu era familiarizado com a arma, então aquilo ali pra mim foi uma coisa até bem interessante porque eu tinha acessórios pra ela que eu comprava para a minha.” A MP5 é uma metralhadora da década de 1970 e, ao que indicam as investigações, foi roubada de um Quartel da PM do Rio nos anos 1980.

“Aí eu falei: eu não vou equipar, mas eu posso equipar com o seguinte, com a rosca adaptável para o acoplamento de um supressor de ruido que já é grande coisa, até porquê nós vamos estar a princípio no bairro do Estácio próximo ao centro da cidade, próximo a uma faculdade, essa era a ideia, quanto menos chamasse atenção melhor”, disse Lessa no depoimento. O matador afirmou que a princípio a arma seria uma pistola Glock .40 de Macalé. “Quando eu pedi a arma para o crime da Marielle, nós já tínhamos as nossas armas, mas eu não vou descartar se eu posso mandar vir outra, porque é para jogar fora, a princípio é descartável; eu não jogaria a minha fora, manda vir uma aí, a pessoa que quer matar alguém tem que ter no mínimo uma pistola pra te oferecer.”

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