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La Niña pode retornar em setembro, diz agência da ONU

Apesar do fenômeno de resfriamento das temperaturas no Oceano Pacífico equatorial, calor acima da média deve atingir grande parte do mundo

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La Niña resfria águas do Pacífico equatorial | Fernando Frazão/Agência Brasil
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A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou, na manhã desta terça-feira (2), que há uma probabilidade de 55% de que as temperaturas da superfície do mar no Pacífico equatorial esfriem para os níveis de La Niña no período de setembro a novembro deste ano.

🔎 O La Niña ocorre quando há o resfriamento das temperaturas no Oceano Pacífico central e oriental igual ou superior a 0,5 °C. Em média, o fenômeno reduz a temperatura das águas em cerca de 2 °C a 4 °C e tem importantes implicações climáticas em escala global.

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No boletim divulgado hoje, a agência da ONU afirmou que, apesar da possibilidade de retorno do fenômeno, as temperaturas ainda devem ficar acima da média em grande parte do mundo.

"As mudanças climáticas induzidas pelo homem ainda estão aumentando as temperaturas globais, agravando o clima extremo e impactando os padrões sazonais de precipitação e temperatura", observou a OMM.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em anos de La Niña, observa-se a redução das chuvas na região Sul, tanto na quantidade, quanto na frequência, com possibilidade de alguns períodos longos sem precipitações. Já na faixa norte das regiões Norte e Nordeste do país ocorre o inverso: o excesso de chuvas.

"As frentes frias passam mais rapidamente sobre a parte leste da Região Sul e acabam levando mais chuvas para a Região Sudeste, podendo chegar até parte do litoral nordestino. Esse comportamento típico nem sempre ocorre, pois é necessário considerar também outros fatores como a temperatura do Oceano Atlântico (Tropical e Sudeste da América do Sul), que também pode atenuar ou intensificar os impactos do fenômeno", afirma a meteorologista Danielle Ferreira.
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