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Justiça condena ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal por uso político da instituição

Silvinei Vasques recebeu multa de R$ 546 mil e ficará quatro anos impedido de contratar com o poder público

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Silvinei Vasques (Valter Campanato/Agência Brasil)
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O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) condenou o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques por improbidade administrativa.

A decisão atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e apontou que o ex-dirigente utilizou sua posição e a imagem da PRF para promover a campanha de reeleição do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o período eleitoral de 2022.

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A 8ª Turma do TRF2 fixou multa de R$ 546.631,92 e proibiu Vasques, por quatro anos, de contratos com o poder público ou de receber benefícios fiscais e creditícios.

Entre as condutas apontadas estão entrevistas, postagens em redes sociais usando uniforme e símbolos da PRF, participação em eventos oficiais e até pedido explícito de voto na véspera do segundo turno.

Em uma cerimônia oficial, Vasques entregou ao então ministro da Justiça, Anderson Torres, uma camisa do Flamengo com o número 22, mesmo usado por Bolsonaro na urna à época. Ele negou relação eleitoral, alegando referência ao ano de 2022 ou ao jogador Rodinei.

Para o tribunal, ficou comprovado que os atos ocorreram no exercício da função com uso de recursos públicos, configurando desvio de publicidade institucional para fins eleitorais e violando princípios como legalidade, impessoalidade e moralidade.

O MPF sustentou que a infração se configurou mesmo em manifestações feitas em redes sociais pessoais, por criar “confusão intencional” entre opiniões privadas e a autoridade máxima da PRF.

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