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Escritório de direitos humanos da ONU diz que plano de Israel para assentamento viola direito internacional

Israel anexou Jerusalém Oriental em 1980, mas não estendeu formalmente a soberania sobre Cisjordânia

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Bandeira israelense na Cisjordânia ocupada por Israel | 14/8/2025/Reuters/Ronen Zvulun
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O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta sexta-feira (15) que um plano israelense para construir milhares de novas casas entre um assentamento israelense na Cisjordânia e perto de Jerusalém Oriental é ilegal segundo o direito internacional e colocaria os palestinos vizinhos em risco de despejo forçado, o que foi descrito como crime de guerra.

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O ministro israelense das Finanças, Bezalel Smotrich, de extrema-direita, prometeu nessa quinta (14) insistir em um projeto de assentamento há muito adiado, dizendo que a medida "enterraria" a ideia de um Estado palestino.

O porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU afirmou que o plano dividiria a Cisjordânia em enclaves isolados e que é "um crime de guerra para uma potência ocupante transferir sua própria população civil para o território que ocupa".

+ Ministro de Israel aprova assentamento na Cisjordânia para "enterrar" ideia de Estado palestino

Cerca de 700 mil colonos israelenses vivem entre 2,7 milhões de palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Israel anexou Jerusalém Oriental em 1980, uma medida não reconhecida pela maioria dos países, mas não estendeu formalmente a soberania sobre a Cisjordânia.

A maioria das potências mundiais afirma que a expansão dos assentamentos prejudica a viabilidade de uma solução de dois Estados ao desmembrar o território que os palestinos buscam como parte de um futuro Estado independente.

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O plano de dois Estados prevê um Estado palestino em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia e em Gaza, lado a lado com Israel, que conquistou os três territórios na guerra de 1967 no Oriente Médio.

Israel cita laços históricos e bíblicos com a área e diz que os assentamentos proporcionam profundidade estratégica e segurança e que a Cisjordânia é "disputada" e não "ocupada".

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