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Brasil

Justiça autoriza quebra de sigilo do e-mail que ameaçou Felca de morte

Youtuber recebeu ameaças após publicar vídeo denunciando exploração de menores nas redes sociais; ele citou Hytalo Santos no conteúdo, que depois foi preso

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Vídeo de Felca viralizou e motivou avanço de projetos do Congresso Nacional para proteção de crianças e adolescentes nas redes sociais | Reprodução/YouTube
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O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, nesse domingo (17), que o Google quebre o sigilo de dados de uma conta de e-mail que ameaçou de morte o youtuber Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como Felca.

A ameaça veio após o youtuber publicar um vídeo em que denuncia a "adultização" de menores nas redes sociais, citando, entre os exemplos, Hytalo Santos como um influenciador que explora a imagem de crianças e adolescentes.

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Na mensagem enviada a Felca, o autor faz ameaças dizendo que ele irá pagar com a vida pelo vídeo denunciando Hytalo. Além disso, em outro texto, o mesmo usuário dispara ofensas racistas.

Em nota, a Justiça confirmou que a liminar concedida autoriza a empresa Google a verificar a conta, associada ao Gmail, que enviou as ofensas e ameaças ao youtuber.

"Esse processo tramita sob segredo de justiça, portanto essas são as únicas informações disponíveis no momento", também informou o TJSP. O Google, por outro lado, respondeu que não se pronunciará sobre o caso.

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O influenciador paraibano Hytalo Santos e o marido Israel Natan Vicente foram presos na última sexta (15) após emissão de mandado judicial contra os dois. A prisão preventiva aconteceu nove dias após a publicação do vídeo no canal de Felca. O conteúdo já soma mais de 45 milhões de visualizações.

Entenda o que aconteceu

As investigações contra Hytalo começaram em 2024, após a denúncia de vizinhos de que as produções envolvendo crianças e adolescentes se estendiam até tarde e faziam muito barulho e ganhou repercussão nacional após o vídeo viral do youtuber.

Hytalo Santos e o marido são investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) sob a acusação de promover vídeos e fotografias com exploração de crianças e adolescentes em um condomínio de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa.

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Na denúncia apresentada à Justiça, a promotora Ana Maria França Cavalcante de Oliveira, da 2ª Promotoria de Justiça de Bayeux, aponta que o influenciador praticava a chamada "adultização" de adolescentes, incentivando comportamentos e performances de caráter sexualizado como forma de engajamento digital e rentabilização econômica.

Segundo a acusação, menores de idade eram integrados a um grupo conhecido como "crias", "filhas" e "genros", que viviam na casa sob a tutela informal de Hytalo. Além da produção de conteúdo, ele também oferecia apoio financeiro a alguns desses jovens e suas famílias.

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