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Brasil

Jovem baleada por agentes da PRF no RJ tem piora e volta a respirar por aparelhos

Juliana Leite Rangel, que levou um tiro na cabeça na véspera do Natal, voltou a ter febre e apresenta sinais de um novo quadro infeccioso

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Juliana Rangel, de 26 anos, foi baleada na cabeça | Reprodução/Redes sociais
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A jovem baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na véspera de Natal, teve uma piora clínica nas últimas 24 horas e voltou a respirar com ajuda de aparelhos.

Segundo boletim médico do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes desta quarta-feira (8), Juliana Leite Rangel, de 26 anos, voltou a ter febre e apresenta sinais clínicos e laboratoriais de um novo quadro infeccioso.

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Juliana, que na última semana apresentou uma melhora surpreendente e chegou a abrir os olhos, está agora sob sedação leve. Do ponto de visto neurológico, destaca o boletim, a estudante de enfermagem não apresentou novos sintomas, mas precisou interromper o processo de reabilitação.

"A paciente segue em terapia intensiva, em acompanhamento pelo serviço de neurocirurgia, psicologia, em conjunto com equipe multidisciplinar. Sem previsão de alta do CTI", destacou o hospital.

Baleada na véspera de Natal

Juliana foi baleada na cabeça quando passava com a família de carro pela Rodovia Washington Luís, por volta das 21h do dia 24 de dezembro. No carro, ainda estavam o pai dela, Alexandre Rangel – que também foi atingido na mão –, a mãe Dayse Rangel, o irmão Daniel, de 17 anos, e a namorada dele.

Eles saíram do município vizinho de Belford Roxo e estavam a caminho de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, para comemorar o Natal com parentes. Segundo o pai da jovem, que dirigia o veículo, assim que ele percebeu a aproximação rápida de uma viatura da PRF com a sirene ligada, deu seta para encostar o carro. Nesse momento, os agentes dispararam várias vezes contra a família.

"Nunca iria imaginar que um carro da PRF estivesse atirando em mim sem fazer abordagem, sem mandar encostar", lamentou Rangel.
Carro da família foi atingido por tiros disparados por agentes da PRF | SBT
Carro da família foi atingido por tiros disparados por agentes da PRF | SBT

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Foram mais de 30 disparos, segundo testemunhas. Em determinado momento, ainda de acordo com a vítima, um dos policiais admitiu o erro na abordagem para um colega. Inicialmente, os agentes alegaram que foram atingidos por disparos, mas o motorista nega e diz que "sequer tem arma".

Os agentes envolvidos na abordagem foram afastados preventivamente. A Corregedoria-Geral da corporação, em Brasília, determinou a abertura de um procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência.

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