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Brasil

Investigador da Polícia Civil de SP é preso suspeito de comandar esquema milionário de tráfico de drogas

Concessionária ligada a ele movimentou R$ 81 milhões em cinco anos, sem nenhum funcionário registrado; peritos envolvidos falsificavam laudos de cocaína

Imagem da noticia Investigador da Polícia Civil de SP é preso suspeito de comandar esquema milionário de tráfico de drogas
Investigador suspeito de comandar esquema de tráfico de drogas | Reprodução
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Um investigador da Polícia Civil de São Paulo é suspeito de comandar um esquema de desvio e revenda de drogas. Segundo as investigações, R$ 81 milhões foram movimentados ao longo de cinco anos por uma empresa sem funcionários registrados em cadastros oficiais.

Cleber Rodrigues Gimenez, de 47 anos, é apontado como um traficante infiltrado na corporação numa denúncia anônima encaminhada ao Ministério Público. O investigador, que foi preso no último dia 23, atuou em quatro delegacias, sendo a última o 77º DP, no centro da capital.

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As investigações revelaram que ele contava com uma rede de mais de 40 informantes que alertavam sobre carregamentos de drogas vindos de outros estados, especialmente de Mato Grosso do Sul, um dos principais pontos de entrada da cocaína no país. De acordo com a denúncia, o chefe dos investigadores negociava com um colombiano e marcava locais para compra e entrega, mas mandava pessoas da confiança dele, disfarçadas de policiais civis, para realizar as apreensões. A droga era levada para um galpão, trocada e adulterada com substâncias como talco e gesso antes de ser encaminhada à delegacia.

Peritos do Instituto de Criminalística envolvidos no esquema emitiam laudos falsos atestando a pureza da cocaína, permitindo que o investigador registrasse grandes apreensões e evitasse suspeitas do desvio. A denúncia aponta que o esquema resultou em apreensões milionárias de drogas para a 1ª Delegacia Seccional, no Centro, o que despertou a atenção das autoridades.

O ponto de virada na investigação foi uma concessionária em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A Receita Federal identificou que dos R$ 81 milhões movimentados entre 2017 e 2022 pela empresa ligada a Gimenez, quase R$ 30 milhões não tinham justificativa. A principal suspeita é que o local era usado para lavar o dinheiro arrecadado com a revenda da droga.

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O advogado de Gimenez não se pronunciou sobre o caso. A Secretaria da Segurança Pública afirmou que detalhes serão mantidos sob sigilo para não comprometer as investigações. A Corregedoria da Polícia Civil agora busca identificar outros policiais envolvidos no esquema.

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