Inverno começa hoje no Brasil: saiba como deve ser a nova estação
Sem impactos de fenômenos como El Niño ou La Niña no Hemisfério Sul, país deve ter inverno mais parecido com o esperado para essa época do ano

Emanuelle Menezes
O inverno começa nesta sexta-feira (20), às 23h42 (no horário de Brasília) em todo o Brasil. Em 2025, ao contrário dos dois últimos anos, o país deve ter um inverno mais parecido com o que é esperado para essa época do ano. Apesar disso, a tendência é de que a temperatura no fim da estação ainda fique acima da média em praticamente todo o Brasil.
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Neste inverno, não haverá impactos de fenômenos como El Niño ou La Niña no Hemisfério Sul, causando o que os meteorologistas chamam de "neutralidade térmica" no Oceano Pacífico Equatorial, na costa peruana.
"Em 2025, a população do centro-sul do Brasil deve sentir que 'o inverno existe'. O inverno de 2025 terá características muito próximas do que nos mostra a climatologia da estação. Nos dois últimos dois anos, 2024 e 2023, o Brasil teve invernos quentes, com ondas de calor", explica o Climatempo.
A primeira onda de frio do inverno de 2025, segundo o Climatempo, deve acontecer nos últimos dias de junho, avançando pelo interior do país e causando queda acentuada de temperatura no Sul, no Sudeste, em muitas áreas do Centro-Oeste e um novo episódio de friagem intensa em Rondônia, no Acre e no sul do Amazonas.
Mesmo sendo inverno, temperaturas elevadas são esperadas no Centro-Oeste e no Tocantins, especialmente em agosto e em setembro. No fim da estação, é esperado que a temperatura fique acima da média em praticamente todo o Brasil.
Há probabilidade maior de geada ampla e neve no Sul do Brasil na nova estação. Os fenômenos poderão ocorrer em julho e até em agosto.
Veja como será o inverno em cada região do país:
Norte
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão climática indica condições favoráveis para ocorrência de chuvas próximas ou abaixo da média em grande parte da região Norte.
No norte de Roraima e no noroeste do Pará e do Amapá, a previsão indica condições favoráveis para chuvas acima da média.
"A temperatura do ar nos próximos meses é prevista com predominância de condições acima da média em grande parte da região. Ressalta-se que a falta de chuvas no sul da Amazônia é comum entre os meses de julho a setembro e, aliadas à alta temperatura e baixa umidade relativa do ar, favorecem a incidência de queimadas e incêndios florestais", diz o instituto.
Nordeste
A previsão climática indica predominância de chuvas perto da média no interior da Região Nordeste. Nas demais áreas, são previstas chuvas abaixo da média.
A presença de águas mais quentes que o normal no Oceano Atlântico tropical, entretanto, pode favorecer a ocorrência de chuvas na costa leste do Nordeste.
Inmet prevê o predomínio de temperaturas acima da média em toda a região, principalmente no sul do Maranhão, onde podem ocorrer temperaturas médias de até 2°C acima da média.
Centro-Oeste
No Centro-Oeste, a previsão é de chuvas abaixo da média em toda a região, com tendência de queda da umidade relativa do ar nos próximos meses – os valores diários podem ficar abaixo de 30%, com picos mínimos abaixo de 20%.
As temperaturas, segundo o Inmet, tendem a ficar acima da média, devido à permanência de massas de ar seco e quente, favorecendo a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.
Sudeste
O inverno na Região Sudeste deve ter chuvas abaixo da média. Não estão descartadas, porém, chuvas em áreas pontuais do litoral da região, devido à passagem de frentes frias.
As temperaturas tendem a permanecer acima da média em grande parte da região, segundo o Inmet. Não se descarta a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio em alguns dias, podendo ocorrer formação de geadas em pontos isolados de áreas com altitude elevada.
Sul
Há condições favoráveis para chuvas próximas e acima da média em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. No Paraná, existe a previsão de chuvas abaixo da média.
O Inmet prevê temperaturas acima da média durante a maior parte do inverno, com os maiores valores no Paraná. A atuação de massas de ar de origem polar poderá ocasionar, entretanto, quedas pontuais de temperatura ao longo da estação, favorecendo a ocorrência de geadas em algumas áreas, sobretudo nas regiões de maior altitude.