Publicidade
Brasil

Intoxicação por metanol: terceira morte é confirmada em São Paulo

Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, era moradora de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista

Imagem da noticia Intoxicação por metanol: terceira morte é confirmada em São Paulo
Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, moradora de São Bernardo do Campo - Reprodução
• Atualizado em
Publicidade

O estado de São Paulo registrou, nesta segunda-feira (6), a terceira morte causada por intoxicação por metanol. A vítima é Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, moradora de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

+ Hospital de São Paulo se prepara para casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas

Segundo nota da prefeitura de São Bernardo, Bruna faleceu após adoção de protocolo de cuidados paliativos, definido pela equipe médica em conjunto com a família. A vítima será velada nesta terça-feira (7) em Santo André.

+ Brasil registra 17 casos confirmados e 200 em investigação de intoxicação por metanol

Além dos óbitos, o governo paulista informou que há 15 casos confirmados de intoxicação por metanol e cerca de 164 em investigação. Outros 47 casos foram descartados após exames clínicos e laboratoriais.

Governo descarta envolvimento do crime organizado

Em coletiva nesta segunda-feira (6), o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que não há indícios de envolvimento do crime organizado na adulteração das bebidas.

“Nós poderíamos classificar como uma associação criminosa, mas é muito diferente de uma organização criminosa estruturada”, disse Derrite.

Segundo o secretário, os casos estão relacionados a locais distintos, sem conexão com facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Linhas de investigação e medidas do governo

O governador Tarcísio de Freitas detalhou que a Polícia Civil trabalha com duas linhas principais de investigação:

  • Contaminação por metanol utilizado na limpeza de garrafas reaproveitadas;
  • Uso intencional de metanol para aumentar o volume de bebidas adulteradas.

De acordo com Tarcísio, as operações da Vigilância Sanitária são o ponto de partida para identificar a origem da contaminação.

“Partimos do bar onde houve a contaminação, cruzamos a nota fiscal para verificar a origem da bebida, qual foi o distribuidor que vendeu, e fazemos a fiscalização”, explicou.

Até o momento, 11 estabelecimentos foram interditados cautelarmente, incluindo seis distribuidoras e dois bares que tiveram a inscrição estadual suspensa.

“Quem não conseguir comprovar de onde sua bebida está vindo vai ter a inscrição estadual cassada. Ou seja, não vai conseguir operar”, destacou o governador.

O governo paulista também anunciou a aquisição de 2.500 ampolas de álcool etílico o antídoto usado no tratamento de intoxicação por metanol. As doses serão distribuídas a 20 hospitais da rede estadual para garantir o atendimento rápido aos pacientes contaminados.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade