Heleno pede acesso ao inquérito da “Abin paralela” antes de depoimento à PF
Advogado Matheus Milanez protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para saber detalhes da investigação da Polícia Federal
Nathalia Fruet
O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, quer saber se ele irá depor à Polícia Federal (PF) como testemunha ou investigado no caso da “Abin paralela”. Após o questionamento, o depoimento marcado para esta terça-feira (6) foi adiado.
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O advogado Matheus Milanez, responsável pela defesa do general, foi até a sede da PF, em Brasília, e recebeu a confirmação de que a oitiva não iria ocorrer nesta terça. Milanez informou que pediu ao STF acesso aos autos e que após Heleno ter acesso ao inquérito o militar poderá falar aos agentes.
"É o mínimo que preconiza a lei, o depoente saber em qual condição vai depor" destacou o advogado ao SBT News.
Na gestão passada, a Abin era subordinada ao GSI e não à Casa Civil, como é atualmente. A PF suspeita que o ex-chefe da Abin, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), comandava o esquema ilegal de espionagem com o aval do general Augusto Heleno.