Governo decreta estado de calamidade pública no RS devido às chuvas intensas
Como consequência do agravamento da situação, sala de situação também foi instalada para coordenar as ações
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil decretou, na noite desta quinta-feira (2), estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, como consequência das fortes chuvas que atingem a região. Devido ao agravamento da situação e a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo criou uma sala de situação integrada, sob coordenação do comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, e que contará com coordenação da Casa Civil.
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“Estamos diante de uma catástrofe, que terá consequências mais devastadoras do que a que tivemos em setembro do ano passado. É um evento espalhado, em uma área muito maior do estado e se trata de uma chuva constante, impedindo que as equipes possam trabalhar. Havendo um processo de encharcamento dos terrenos, das áreas de encostas, isso leva a uma situação de desmoronamento, situação que não ocorreu anteriormente”, descreveu Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social.
Somando às dificuldades operacionais, o ministro acrescentou que existem, atualmente, entre as rodovias federais e estaduais da região, 141 pontos de bloqueio, isolando várias cidades e impossibilitando a chegada de combustível e alimentação. “As pessoas estão desesperadas por alimento. Água mineral já não tem para vender em vários locais. As ambulâncias não conseguem circular”.
A Defesa Civil do Estado e Nacional, em operação coordenada pelo general Hertz, disponibilizou, até o momento, 625 homens, oito aeronaves e 20 botes salva-vidas trabalhando na região, além de batalhões de engenharia das Forças Armadas, equipes do DNIT e demais ministérios mobilizados.
Situação vai se agravar
Ministro da Casa Civil, Rui Costa reforçou a fala de Paulo Pimenta sobre os objetivos da Sala de Situação. “Prioridade é salvar vidas humanas, resgatar pessoas, dar uma resposta do ponto de vista da saúde no atendimento das pessoas, porque a situação deve se agravar até domingo.
Dando destaque à questão da saúde, Rui Costa detalhou as ações da área, convocando um processo de mobilização, que envolverá comunicação com os secretários municipais de saúde para repor medicamentos e suprimentos.