Governo brasileiro pede explicações para empresa de criador do ChatGPT sobre escaneamento de íris
Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) quer entender se serviço respeita Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, abriu um processo de fiscalização contra a World, que iniciou o escaneamento de íris no Brasil nesta quarta-feira (13).
O registro oferece como incentivo 25 tokens da moeda digital Worldcoin, cerca de R$ 330 na cotação atual, e a coleta de íris é feita em dez pontos de São Paulo. A World, do mesmo dono do criador do ChatGPT, já atua dessa forma em países como Estados Unidos, Portugal e Alemanha.
A ANPD afirmou instaurou um processo de fiscalização no dia 11, com o objetivo de obter mais informações sobre o projeto e avaliar a sua conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
+ Criador do ChatGPT começa a escanear íris de brasileiros para criar o "CPF da internet" mundial
De acordo com a World, os dados são criptografados e armazenados no dispositivo de cada usuário.
O que é o escaneamento de íris?
A World é uma organização criada por Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do ChatGPT. Segundo a empresa, o escaneamento irá possibilitar distinguir robôs criados por inteligência artificial e humanos na intenet.
Facilitar transações, identificar perfis falsos nas redes sociais e modernizar o Captcha — medida de segurança utilizada atualmente para diferenciar um usuário humano e um bot — são os objetivos do World ID.
+ Governo abre processo contra TikTok por possível tratamento irregular de dados de crianças
Na captura da íris, uma câmera chamada Orb tira uma foto — que a empresa afirma que é apagada — e gera um código numérico único para identificar cada usuário.