Golpe do amor: criminosos usam redes sociais para enganar vítimas e roubar dinheiro
Golpistas criam perfis falsos e conquistam a confiança de mulheres para aplicar golpes financeiros

Flavia Travassos
Começou com uma amizade no Facebook e se transformou em um amor platônico, cheio de expectativas. Mas, na verdade, era um golpe.
A advogada Suelen Waragaya conta que o criminoso se aproximou da mãe dela, colhendo informações sobre sua vida e sonhos. “Depois disso, ele utilizou tudo para conseguir o que queria”, relata.
A vítima, que havia acabado de ficar viúva, viu na relação uma oportunidade de recomeço. Em áudios trocados, o golpista a chamava de “amor da vida” e fazia promessas de um futuro juntos.
Seis meses depois, o criminoso convenceu a mulher a transferir R$ 60 mil, valor que ela pretendia usar para comprar uma casa no interior da Bahia. “Ele a orientou a depositar o dinheiro em diferentes contas”, explica Suelen.
Esse golpe, conhecido como "golpe do amor", se tornou mais comum durante a pandemia, segundo especialistas. A advogada criminalista ouvida pela reportagem explica que as principais vítimas são mulheres entre 25 e 60 anos, geralmente com boa escolaridade. “Os criminosos miram pessoas com poder aquisitivo alto, pois o objetivo é o dinheiro”, diz.
Os criminosos chegam a se passar por pessoas famosas para enganar suas vítimas. No início do mês, uma idosa de 69 anos acreditou estar em um relacionamento com o bilionário Elon Musk e perdeu mais de R$ 150 mil. A Polícia Civil de Goiás investiga se uma quadrilha está por trás do crime.







