Fraudes no INSS: PF cumpre 10 mandados de prisão e 63 de busca em nova fase da operação Sem Desconto
Alessandro Stefanutto, ex-presidente da autarquia, foi preso; ordens judiciais foram expedidas contra alvos em 14 estados e no DF

SBT News
A operação Sem Desconto, que investiga esquema de fraudes em descontos associativos irregulares em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ganhou nova fase nesta quinta-feira (13). Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem 73 mandados na manhã de hoje, sendo 10 de prisão preventiva e 63 de busca e apreensão. Um dos presos é Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS exonerado em abril.
Auditores da CGU e policiais federais também saíram às ruas para cumprimento de medidas cautelares diversas de prisão. Ordens judiciais miram alvos em 14 estados e no Distrito Federal: Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
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Em nota, defesa de Stefanutto afirmou que prisão é "completamente ilegal" e disse que ele tem colaborado com investigações e que "comprovará a inocência ao final dos procedimentos relacionados ao caso". Leia:
"NOTA À IMPRENSA
A defesa do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, vem a público esclarecer que:
- Não teve acesso ao teor da decisão que decretou a prisão dele;
- Trata-se de uma prisão completamente ilegal, uma vez que Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação;
- Irá buscar as informações que fundamentaram o decreto para tomar as providências necessárias;
- Segue confiante, diante dos fatos, de que comprovará a inocência dele ao final dos procedimentos relacionados ao caso."
Imagens divulgadas pela PF mostram carro de luxo, armas, munições e maços de dinheiro encontrados por agentes e auditores durante buscas.

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A operação Sem Desconto investiga crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
A primeira fase da força-tarefa foi deflagrada em abril, revelando esquema bilionário de descontos associativos ilegais que funcionou durante anos.










