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Fim de aula obrigatória em autoescola provoca reação de setor, que alerta para demissões

Representantes de autoescolas contestam discurso de barateamento até 80% dos custos para tirar carteira, falam em desemprego e impacto na formação de motoristas

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Proposta prevê mais liberdade na preparação para exames, sem obrigatoriedade de aulas em autoescolas | Antonio Cruz/Agência Brasil

O fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas provocou forte reação entre representantes do setor. O governo afirma que a medida deve democratizar e baratear o acesso à carteira de habilitação.

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Já a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto) contesta os valores apresentados pelo Ministério dos Transportes para justificar a mudança.

O presidente da Feneauto, Ygor Valença, argumenta que os cálculos oficiais não refletem a realidade. “Os valores foram divulgados entre 4 e 5 mil reais, o que não condiz com a realidade. Temos um estudo da Câmara Temática de Habilitação do Contran, do qual fazemos parte, que diz que o preço médio nacional é 2.500 reais, já com taxas do Detran, exames e todo o processo incluso.”

O governo fala em economia de até 80% no processo de habilitação, mas representantes do setor discordam. Pela proposta, o curso teórico passa a ser gratuito e online, e as aulas práticas obrigatórias caem de 20 para duas, que poderão ser realizadas em autoescolas ou com instrutores autônomos.

As mudanças atingem diretamente o setor, que já sente os efeitos da transição: mais de 2 mil Centros de Formação de Condutores fecharam as portas desde os primeiros anúncios do governo. A Feneauto estima que até 270 mil profissionais possam perder o emprego.

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