Brasil

Exploração de madeira ilegal no Amazonas cresce e chega a 62%

Dos 68 mil hectares em que há extração de madeira, 42 mil não possuem autorização; 75% das explorações são concentradas em dois municípios

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Dois municípios concentram 75% de toda a extração ilegal. | Reprodução

Cerca de 62% da exploração madeireira no Amazonas é ilegal, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgado nesta sexta (5). Dos 68 mil hectares em que há extração de madeira no estado, 42 mil não possuem autorização dos órgãos ambientais. A atividade ilegal aumentou 9% desde o último levantamento, que constou 38 mil hectares explorados de forma irregular entre agosto de 2022 e julho de 2023.

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Só os municípios de Boca do Acre e Lábrea, no sul do Amazonas, concentram 75% de toda a exploração de madeira ilegal do estado. Além disso, segundo o levantamento, imóveis rurais presentes em bancos de dados públicos — como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) e o Programa Terra Legal — são responsáveis por 77% (32,5 mil hectares) da retirada sem autorização.

O estudo também mostra que 13% (5,6 mil hectares) da extração ilegal ocorreram em áreas protegidas, sendo 9% (3,9 mil hectares) em terras indígenas (3,9 mil hectares) e 4% (1,6 mil hectares) em unidades de conservação, o que corresponde a uma área superior a cinco mil campos de futebol. Camila Damasceno, pesquisadora do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon, afirma comunidades tradicionais que dependem da floresta em pé para manter o estilo de vida estão ameaçadas.

A exploração de madeira autorizada no estado também cresceu: de 11,3 mil hectares em agosto de 2023 para 26,1 mil hectares em julho de 2024, uma alta de 131%.

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