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Brasil

“Eu votaria no Biden”, afirma Lula em entrevista a jornalistas japoneses

Presidente recebeu jornalistas para uma conversa às vésperas da visita do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida

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Com a iminente visita do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu jornalistas japoneses no Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira (30). Durante a entrevista, o petista falou sobre as eleições dos Estados Unidos e afirmou estar torcendo para que “a democracia vença”.

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“Eu fico torcendo que a democracia vença as eleições nos Estados Unidos. Eu tenho uma boa relação com o [presidente norte-americano Joe] Biden. Eu não posso dar palpite nas eleições de outro país. Como ser humano, se eu morasse nos Estados Unidos, eu votaria no Biden. Como presidente da República, eu vou manter relações com quem ganhar as eleições. A relação entre chefe do estado não é uma coisa pessoal”, afirmou.

Ainda falando sobre democracia, Lula refletiu que é preciso saber quando a política deixou de ter credibilidade junto ao povo para evitar a polarização. “Não é só no Brasil, ela está no mundo inteiro”, defendeu, citando o exemplo das eleições de 2018. “Inventaram todo um processo na maior mentira jurídica deste país para que eu não fosse candidato. Fiquei preso 580 dias. Se eu fosse candidato, mesmo estando preso, eu teria ganhado as eleições. Voltei a ser candidato em 2022, e ganhei as eleições. Eu não imaginava que as eleições fossem tão polarizadas”.

Lula então faz críticas ao seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). O petista afirmou que Bolsonaro teria “distribuído dinheiro” para tentar se manter no cargo e falou sobre a participação do ex-presidente em uma possível tentativa de golpe de estado.

“O meu adversário, em dois anos, gastou US$ 60 bilhões fazendo isenção, desoneração, distribuindo dinheiro para ver se se mantinha no poder e perdeu as eleições porque a maioria do povo queria a democracia. Esse cidadão (Bolsonaro) tentou dar um golpe neste país no dia 8 de janeiro, e nós derrotamos o golpe”.

Parceria

Lula aproveitou a oportunidade para afirmar o desejo de reforçar a relação comercial com o Japão, oportunidade que seria benéfica para ambos os países. “Já tivemos um fluxo comercial de US$ 21 bilhões e que hoje está reduzido a US$ 11 bilhões. Isso não é bom porque o Brasil é um país com potencial muito grande, e porque o Japão é um país que, embora seja rico, tem uma economia um pouco estagnada há algum tempo. Então, o Brasil é uma oportunidade de novos investimentos, sobretudo no que diz respeito à transição energética”.

O presidente também convocou o Japão para ser um parceiro que auxilie na conservação de florestas na América do Sul, compartilhando da política de manutenção “da floresta que nós queremos ter”, e alertando que “manter uma floresta em pé custa muito dinheiro”.

“Por isso eu acho muito importante essa aproximação do Brasil com o Japão. O Japão geograficamente está muito longe, mas humanisticamente e emocionalmente está muito perto, porque nós vivemos em paz, gostamos da paz e achamos que a paz é a melhor forma de desenvolver uma nação”, defendeu Lula.

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