Estação Abel Ferreira? Entenda homenagem da nova linha de metrô de SP
Futura estação na zona leste da capital paulista deu o que falar nas redes sociais; no entanto, o nome não tem nada a ver com futebol
Caroline Vale
O Governo de São Paulo anunciou, para os dias 7 e 8 de outubro, audiências públicas sobre a futura Linha 16 – Violeta, conhecida como “Linha dos Parques”. O projeto da primeira fase prevê 19 quilômetros de extensão, 16 estações e um investimento de R$ 37,5 bilhões, conectando a zona leste à zona oeste da capital.
Entre as futuras paradas, a estação Abel Ferreira, na zona leste, deu o que falar nas redes sociais. Muitos torcedores associaram o nome ao técnico português do Palmeiras.
Mas não é para esse Abel Ferreira a homenagem. Na verdade, a estação é uma reverência ao político português Abel Ferreira (1906-1986).
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Quem foi Abel Ferreira?
Abel Ferreira nasceu em 5 de abril de 1906, em uma vila do distrito de Viseu, em Portugal. Em 1913, ainda criança, mudou-se com a família para o Brasil, morando inicialmente na região da Sapopemba, na zona leste de São Paulo.
Iniciou sua vida pública em 1937, quando foi nomeado Sub-Delegado de Polícia no bairro do Belém, cargo que exerceu até 1949, período em que também atuou na delegacia da Água Rasa.
Ferreira iniciou sua carreira política em 1954, ao se tornar vereador, permanecendo ativo na Câmara Municipal até o final da legislatura de 1955. Durante seu mandato, destacou-se pelo trabalho em regiões como Água Rasa, Vila Diva, Sapopemba e São Mateus, sendo responsável por projetos importantes, como a transformação da Estrada do Sapopemba em avenida.
Ele permaneceu envolvido na política paulista até o final dos anos 1970 e faleceu em 1986. Em reconhecimento à sua contribuição para a cidade, foi oficializado, em 1987, a Avenida Abel Ferreira, que se estende pelos bairros Água Rasa, Vila Regente Feijó e Vila Formosa, na zona leste.
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Detalhes do projeto da Linha 16-Violeta
A estação Abel Ferreira será o terminal da primeira fase do ramal, que ao final terá 25 estações e integração com oito linhas do sistema metroferroviário, incluindo a 1-Azul, 2-Verde, 4-Amarela, 6-Laranja, 10-Turquesa, além das futuras 19-Celeste, 20-Rosa e 22-Marrom.
O projeto prevê ainda a criação de espaços de convivência e acessibilidade aprimorada em todas as estações, reforçando a proposta de tornar a linha uma alternativa de mobilidade eficiente e segura.
As audiências públicas têm como objetivo apresentar detalhes do projeto, esclarecer dúvidas e receber sugestões da população antes da publicação do edital de concessão, prevista para o primeiro semestre de 2026.
