Envenenamento no Piauí: Perícia investiga cajus que podem ter intoxicado parentes de família morta com arroz
O IML do Piauí informou que realiza exames nos cajus supostamente envenenados
Vicklin Moraes
com informações da TV Cidade Verde
O Instituto Médico Legal do Piauí (IML) anunciou, nesta quinta-feira (9), que realizará exames nos cajus supostamente envenenados ingeridos por João Miguel, de 7 anos, e Ulisses Gabriel, de 8 anos. As crianças morreram em agosto e novembro de 2024 e são parentes das quatro pessoas mortas, após comerem um arroz envenenado.
Em entrevista à TV Cidade Verde, afiliada do SBT, o perito geral do IML, Antônio Nunes, explicou que os exames nos cajus estão em andamento. As frutas haviam sido apreendidas pela Polícia Civil na época, mas ainda não haviam sido analisadas.
+ Família envenenada no Piauí: "sentimento de ódio" motivou padrasto, diz delegado
"A gente fez primeiro o exame dos dois cadáveres, que era mais urgente, e ao mesmo tempo temos muito exames para fazer. Fomos fazer outros e deixamos os cajus para depois. As provas serão levadas para a Polícia Judiciária”, afirmou o perito.
Uma vizinha foi presa suspeita pela morte das crianças. Após a conclusão da perícia, os exames serão encaminhados ao Ministério Público.
Possível ligação entre as mortes
O terbufós, substância tóxica usada principalmente em inseticidas para ratos, foi encontrado na panela onde foi preparado o arroz envenenado que matou quatro pessoas. De acordo com a perícia, a mesma substância foi detectada nos corpos dos dois meninos mortos.
Relembre o caso
Nove pessoas passaram mal após comerem o primeiro almoço de 2025, com arroz e peixe da espécie manjuba. Quatro vítimas morreram e outras quatro já deixaram o hospital. Uma criança permanece internada. O arroz tinha em sua composição veneno para rato.
Nessa quarta (8), Francisco de Assis Pereira da Costa foi preso por suspeita de ter envenenado o arroz que matou quatro pessoas da mesma família em Parnaíba, no litoral do Piauí. Segundo a Polícia Civil, ele cometeu o crime por ter "sentimento de ódio" pela enteada Francisca Maria da Silva, uma das vítimas fatais.
+ Saiba quem é a mulher presa por envenenar bolo em Torres, no Rio Grande do Sul