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Duas em cada três mulheres sofreram assédio na cidade de São Paulo

Levantamento feito pela Rede Nossa São Paulo aponta que 44% das mulheres sofreram assédio no transporte público

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Violência contra a mulher | Imagem ilustração
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Duas em cada três mulheres sofreram algum tipo de assédio na capital paulista. O número representa cerca de 3,4 milhões de pessoas assediadas.

Segundo levantamento, o público entrevistado destacou que o maior risco de assédio é no transporte público.

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Os dados são da pesquisa Viver em São Paulo: Mulheres, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec).

A pesquisa divulgada nesta terça-feira (5) traz a perspectiva da população paulistana sobre o assunto. Foram ouvidos 800 moradores do município de São Paulo, com 16 anos ou mais, entre 1 e 18 de dezembro de 2023. Foram entrevistados homens e mulheres, de forma on-line e presencial, com questionário estruturado.

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Os entrevistados responderam sobre temas como divisão de tarefas domésticas, violência e assédio contra mulheres.

Levantamento aponta tipos de assédio

O percentual de mulheres que sofrem assédio ou algum outro tipo de violência na capital paulista é preocupante, sendo que:

  • 53% das entrevistadas apontam que foram vítimas de gestos, olhares incômodos ou comentários invasivos;
  • 44% já sofreram assédio no transporte público,
  • 29% sofreram assédio dentro do ambiente de trabalho,
  • 25% disseram que já foram agarradas, beijadas ou desrespeitadas em outra situação sem consentimento;
  • 15% sofreram assédio dentro do transporte particular;
  • 13% das mulheres dizem que já sofreram assédio no ambiente familiar.

As entrevistadas destacaram que o maior risco de assédio é dentro do transporte público, havendo 37% de chances, desse tipo de ocorrência.

O levantamento mostrou que há receio de sofrer algum tipo de violência em ambientes, como: na rua (24%), bares e casas noturnas (10%) e pontos de ônibus (8%).

Medidas prioritárias para combater o assédio

  • 49% dos entrevistados, incluindo homens e mulheres, afirmaram que penas mais duras aos agressores seriam o melhor mecanismo para frear e punir os crimes de violência contra o público feminino;
  • 39% das pessoas destacaram a necessidade de ampliar as ações e serviços públicos para uma proteção mais eficaz às mulheres;
  • 35% disseram que a criação de novas leis é primordial;
  • 30% destacaram a importância de agilizar o andamento das investigações, após o registro de ocorrências.

Tarefas domésticas

O levantamento trouxe o dado que, na capital, 41% das mulheres realizam tarefas domésticas e são responsáveis pela maior parte dos serviços do lar.

Também em uma parcela de 41% das residências as tarefas são divididas igualmente entre homens e mulheres.

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A pesquisa concluiu que a diferença de percepção sobre a divisão de tarefas domésticas entre homens e mulheres é latente.

Para 32% das mulheres, esse tipo de serviço é dividido igualmente; entre os homens, o percentual sobe para 50%.

Além disso, 4% dos homens e 13% das mulheres dizem que a realização de tarefas domésticas é responsabilidade apenas das mulheres; na pesquisa do ano passado, esse percentual era de 12% e 19%, respectivamente.

De acordo com a Rede Nossa São Paulo, as entrevistas realizadas nesta terça-feira (5), mostraram que a maior parte das mulheres fazem serviços domésticos, como: limpar a casa, fazer comida e cuidar dos filhos. Os homens, no geral, ficam responsáveis pela manutenção da casa, como consertos e reparos, e auxiliam na organização do lar.

“A percepção captada pela série histórica confirma a sobrecarga do cotidiano feminino e não mostra sinais de mudanças significativas em relação ao estereótipo do papel de cada gênero no dia a dia do lar”, diz a entidade, em nota.

Com informações da Agência Brasil

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