Brasil

Diretor de presídio fez alerta sobre condições psíquicas de jovem morto ao invadir jaula de leoa

Edmilson Santos contou que, durante o tempo em que ficou preso, Gerson Machado 'surtou várias vezes', chegou a ser internado e teve medicação trocada

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Gerson de Melo Machado, jovem de 19 anos, invade jaula de leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em João Pessoa (PB) | Foto: Reprodução/SBT Brasil - 01.12.2025
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O diretor da Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega (Presídio do Roger), Edmilson Santos, alertou, na semana passada, sobre as condições psíquicas de Gerson de Melo Machado. Ele morreu, aos 19 anos, ao invadir a jaula de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, conhecido como Bica, em João Pessoa (PB).

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Na última terça-feira (25), Edmilson, conhecido como Selva, publicou um vídeo no Instagram em que comentou a situação de Gerson, que avaliou como "muito delicada". Ele relatou que, durante o tempo em que ficou preso no presídio, o jovem "surtou várias vezes", chegou a ser internado e teve a medicação trocada.

Em outro vídeo publicado por Selva, no domingo (30), o diretor da penitenciária conversa com o chefe de disciplina do Presídio do Róger, Ivison Lira, que classificou a morte de Gerson como uma "tragédia anunciada". Ele disse que o jovem tinha o raciocínio de uma "criança de cinco anos" e que precisava ter recebido uma "atenção maior", seja dos familiares ou do Estado.

Nesse mesmo vídeo, Selva repudiou o comportamento de certos internautas, que fizeram comentários maldosos sobre o episódio. Segundo ele, um usuário chegou a dizer que a leoa não comeu todo o corpo porque "a carne não prestava". O diretor da penitenciária ressaltou que Gerson tinha problemas mentais e que todas as suas 16 passagens pela polícia eram por pequenos furtos e danos.

Nas redes sociais, a conselheira tutelar Verônica Oliveira, responsável pelo atendimento ao jovem dos 10 aos 18 anos, também se pronunciou sobre o caso e acusou o Estado de negligência sobre seu diagnóstico. Ela afirmou que ele apresentava transtornos mentais e que, desde o início do acompanhamento, o poder público não o diagnosticou e o acompanhou devidamente.

"Gerson precisava de tratamento que não foi oferecido a ele. Gerson, filho de uma mãe esquizofrênica, neto de avós esquizofrênicos, mas os psiquiátricos insistiam em dizer que ele era só um menino que não se adequava. Nós não vamos nos calar. Nós lutamos muito para garantir os direitos de Gerson", disse.

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