Derrite afirma que polícia identificou um dos suspeitos de matar Ruy Ferraz Fontes
Secretário de Segurança diz que envolvido tem passagens pela polícia; investigação não descarta envolvimento do crime organizado
Caroline Vale
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta terça-feira (16) que um dos suspeitos de envolvimento na execução de Ruy Ferraz Fontes já foi identificado pelas forças de segurança. O ex-delegado-geral da Polícia Civil foi morto a tiros em uma emboscada na segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo.
O suspeito identificado tem uma longa ficha criminal e já foi preso várias vezes, segundo o secretário. "Esse individuo, que já foi identificado e qualificado, possui vários antecedentes criminais, especialmente por crimes graves como roubo e tráfico de drogas, tanto na maioridade, quanto como adolescente infrator", afirmou Derrite, durante entrevista no velório do ex-delegado. O suspeito já está sendo procurado.
Segundo o secretário, câmeras de monitoramento identificaram que havia um segundo carro na perseguição, que até então não aparecia no vídeo. Posteriormente, um dos veículos utilizados no crime foi encontrado abandonado. Inclusive, a polícia chegou até esse suspeito através da análise pericial de um desses carros.
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Apesar da identificação, o secretário ponderou que ainda é cedo para confirmar ligações com o crime organizado, mas não descartou a hipótese.
Derrite ainda destacou o envolvimento de todas as forças de segurança na investigação, empenhadas em localizar e prender os criminosos.
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Fontes foi morto após ser perseguido e atingido por diversos tiros de fuzil. Ele tinha acabado de deixar a Prefeitura de Praia Grande, de carro, onde atuava como secretário de Administração desde 2023.
Ruy Ferraz foi o primeiro delegado a investigar a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele também foi responsável pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe máximo do grupo.
Uma das principais linhas de investigação é de possível retaliação de facções criminosas, em especial o PCC, mas nenhuma outra linha foi descartada.